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Editorial do PIG

“Mercadão” ataca Haddad visando política nacionalista de Lula

Artigo do Estadão utiliza Haddad para, no fim das contas, atacar Lula

O portal de notícias burguês Estadão publicou um editorial na última quarta-feira (04) no qual, baseado no título, se dedica a atacar Haddad, ministro da economia do novo governo Lula (Haddad, o ministro decorativo, 04/01/2023).

Desautorizado já na posse, novo ministro da Fazenda perde batalha pela reoneração dos combustíveis e mostra que terá que ensaiar mais para aprender a dizer ‘não’ ao presidente” afirma o olho do artigo. Este começa com o assunto do zeramento de impostos sobre os combustíveis, o qual foi mantido por Lula apesar da tentativa de Haddad de desautorizar a medida.

A imprensa colocou isso como uma desmoralização de Haddad, afirmando que este já deveria saber que não poderia fazer nada no governo sem uma expressa autorização de Lula: “O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, soube já no primeiro dia no cargo que será figura decorativa, espécie de tarefeiro do presidente Lula da Silva. Seria ingenuidade supor que pudesse ser diferente, mas Haddad, aparentemente, acreditou que tinha autonomia para tomar as decisões certas, e não as que fossem convenientes ao populismo lulopetista – e, portanto, erradas.”, afirma o editorial.

A partir deste ponto, o editorial perde completamente a linha de raciocínio inicial e parte para o ataque a Lula e a seu governo, afirmando que a medida é de caráter eleitoreiro, chegando até mesmo a afirmar que é uma hipocrisia do presidente falar dos pobres e, ao mesmo tempo, manter uma medida que beneficia “aqueles que têm carros”. O absurdo dessa fala mostra muito a hipocrisia e a manipulação da imprensa, conforme iremos demonstrar.

Primeiramente, não existe problema nenhum em ser uma decisão política. Um governo sem apoio do povo é um governo fadado ao fracasso, ainda mais um que tem tanto apoio da população, visto por esta como quem vai mudar o Brasil daqui para frente e reverter o desastre de Bolsonaro. Dito isso, caso Lula aumentasse o preço da gasolina, o qual não está nenhum pouco barato, seria quase que uma traição instantânea de suas promessas para com o povo e uma contradição de suas falas. Politicagem para o Estadão, portanto, não é fazer uma promessa e não cumprir, mas sim o oposto.

Outro ponto importante que fica exposto, como já citado antes, é a manipulação da imprensa. Uma das coisas que o brasileiro dos últimos anos conhece bem é o alto preço da gasolina e suas consequências. É quase que um descolamento da realidade achar que os pobres não possuem, por exemplo, um carro. Pessoas pobres não são só aqueles miseráveis que não têm nem mesmo onde morar — aqueles que ganham um salário mínimo ou um pouco mais e conseguem viver razoavelmente também são pobres, e não é incomum que essas pessoas possuam um carro. Pode ser um carro que tenha passado por diversas gerações da família ou algo de ferro velho, consertado e remendado inúmeras vezes, mas continua andando. Se já é difícil manter um carro caindo aos pedaços andando, imagina com a gasolina a preços altíssimos.

Mas não é só isso, o aumento da gasolina afetará também o preço do diesel. O País é movido a caminhões que atravessam o Brasil de ponta a ponta transportando todo tipo de mercadorias. O encarecimento do frete terá um enorme impacto no custo de vida — ou seja, alimentos, eletrodomésticos, produtos do dia a dia, tudo isso tem seu preço jogado para as alturas apenas pelo aumento dos combustíveis.

Os exemplos são muitos e, diferentemente das teorias mirabolantes dos economistas nos mais diversos jornais da imprensa burguesa, todos esses fatores já aconteceram no Brasil em um tempo muito recente, recente o suficiente para estar bem gravado na memória da população. A imprensa deliberadamente omite esses fatos e coloca Lula como um tolo por, em suas palavras, ter colocado Haddad de enfeite.

Tudo isso, no fim das contas, é uma maneira de desautorizar o governo Lula e sua política econômica, como já vinha acontecendo com a PEC de Transição e outros fatores antes mesmo de Lula tomar posse. A bolsa de valores caindo, o valor do dólar subindo — tudo isso faz parte de uma tentativa de desmoralização frente ao “mercado”, à direita, aos empresários, banqueiros e, finalmente, ao povo.

Lula não pode ceder a essas pressões. É necessário não só manter o que se propôs a fazer, mas ir além em conjunto com apoio do povo para poder governar mesmo sob os ataques incessantes da burguesia.

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