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HISTÓRIA DA PALESTINA

Massacre de Al Dawayima: sionismo executa mais de 140 palestinos

A história da ocupação ilegal de "Israel" no território palestino mostra uma história de assassinatos de mulheres, crianças e bebês , com requintes de verdadeira crueldade.

Em 29 de outubro de 1948, durante a primeira guerra Árabe – Israelense, um massacre na aldeia palestina de Al Dawayima foi perpetrado. Executado pelo 89° Batalhão de Comando das Forças de Defesa de Israel (IDF), os sionistas assassinaram centenas de vítimas civis que moravam na aldeia, as quais foram mortas mesmo sem haver reagido ao batalhão.

A guerra entre árabes e israelenses se deu como resultado da criação ilegal do Estado de Israel, passando por cima do território palestino. Em 29 de novembro de 1947 a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou o denominado “Plano de Partilha das Nações Unidas para a Palestina” que oficializava a divisão do território palestino afim de entregá lo aos sionistas encabeçados pelo líder da Agência Judaíca para a Palestina e chefe executivo da Organização Sionista Munidal, David Ben-Gurion.

O número mais exato de mortos no massacre gira em torno de 145, porém ele pode estar subestimado; na época, a legião árabe que comandava a guerra contra os invasores israelenses tinham interesse em não divulgar exatamente o número de mortos para não criar um pânico generalizado na população. Um relato do chefe da aldeia, Hassan Mahmoud Ihdeib, conta que o massacre teve início pouco depois das orações do meio dia, quando a aldeia foi cercada por três tropas, pelo Oeste, o Norte e o Sul: 20 carros blindados na estrada Qubeiba-Dawaymeh, um segundo grupo ao longo da Estrada Beit Jibrin-Dawaymeh e outro conjunto de carros blindados se aproximando de Mafkhar-Dawaymeh.

Hassan contou que os disparos teriam começado  a uma distância de meio quilômetro à medida que o arco semicircular de forças se aproximava e que as forças israelenses teriam disparado durante uma hora sem parar e de forma indiscriminada. Um grupo de aldeões que conseguiram fugir, ao retornar no dia seguinte, se depararam com mais de 60 corpos dentro da mesquita da aldeia, a maioria de idosos e inúmeros cadáveres de mulheres, homens e crianças espalhados pelas ruas. Além disso, também foram encontrados cerca de 80 corpos de mulheres, homens e crianças na entrada da caverna Iraque El Zagh.

Relatos sobre o massacre descritos no Diário de Guerra de Ben Gurion contam detalhes do massacre descritos por um soldado israelense que participou da sua perpetração a um membro do comitê político do partido Al Hamishmar, chamado Kaplan. Segundo informações desse soldado, as crianças da aldeia foram mortas quebrando suas cabeças com um pedaço de pau, “não ficou uma casa sem mortos”, relatou o soldado informante e os que restaram vivos foram trancafiados dentro de casa sem água e sem comida antes de terem as casas explodidas com eles dentro.

A íntegra do relato do informante concedido à Kaplan sobre o massacre que inclui assassinatos de velhinhas, mulheres e bebês com requintes extremamente cruéis e sádicos foi publicado no jornal Haaretz em fevereiro de 2016. Pouco tempo depois, no entanto, seu arquivo foi retirado do ar.

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