Oportunista

Marcelo Freixo, a lombriga política

Em busca de cargo e mandato o político burguês pula de galho em galho e atira para todos os lados

Carreirista de primeira linha, o político Marcelo Freixo troca de partido pela segunda vez em menos de dois anos. Em junho de 2021, Freixo saiu do Partido Socialismo e Liberdade (Psol), sigla que integrava desde 2005, para concorrer ao cargo de governador no Rio de Janeiro pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). Mas saiu derrotado ainda no primeiro turno por Cláudio Castro (PL), que se reelegeu.

Nesta quarta-feira (4), Freixo anunciou sua saída do PSB e filiação ao Partido dos Trabalhadores (PT). Pulando de galho em galho, o político burguês atira para todos os lados em busca de cargos e mandatos. Como sua última tentativa de ir cada vez mais à direita para se eleger, indo para o PSB, deu errado, o oportunista agora tenta pegar carona na popularidade do PT e do presidente Lula.

É visível que a carreira política do oportunista diante das últimas eleições vem afundando vertiginosamente e essa tentativa de sequestro do PT no Rio de Janeiro pode causar danos graves para o Partido do presidente também. Pelo que parece, Freixo está procurando um canto para se esconder e, na sequência, buscar retomar sua carreira política. 

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para liderar a Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), o andarilho político prepara para dar um facada nas costas do governo que assumiu há poucos dias. Em seu Twitter, Freixo afirmou:

“Sou muito grato ao PSB. O partido cumpriu papel importante na nossa campanha para o governo do RJ, nos permitindo construir uma aliança histórica com legendas do campo progressista e do centro. Quero agradecer nominalmente ao presidente Carlos Siqueira.”

Com uma máscara de “esquerdista”, Freixo, se alia com o que há de pior na política do Rio de Janeiro. Veja um de seus principais aliados, Eduardo Paes (PSB), um direitista de carteirinha, neoliberal, reacionário e conservador. No Rio, a violência policial contra a população é a maior do País, e Freixo é um defensor ferrenho da polícia carioca. Política essa que, em um Estado como o Rio, é totalmente impopular. O povo carioca, principalmente nas favelas e periferias, é a favor da extinção dessa máquina do estado de matar pretos e pobres.  

Em outra publicação, feita também no Twitter, o deputado disse que o “governo do RJ precisa valorizar os policiais, pagar salários decentes e dar boas condições de trabalho para os agentes não terem que fazer bico para sustentar suas famílias”. Ou seja, dar mais condições para que a polícia continue matando a população e os trabalhadores nas favelas. 

Freixo saiu do PT, foi para o PSOL, na sequência, se filiou ao PSB e, agora, volta ao PT. Toda essa trajetória mostra a direitização do cidadão em busca de cargo e mandato. No entanto, por onde passa deixa um rombo político. Voltar ao PT significa que este é seu último meio para tentar alguma coisa diante da sua política fracassada e antipopular. 

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