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África

Máli e Burquina Fasso reagirão caso França intervenha no Níger

Assim como a insurreição afegã e a guerra na Ucrânia, o golpe no Niger é um avanço na luta contra o imperialismo

Burkina Faso e Mali considerarão qualquer intervenção militar no Níger como uma declaração de guerra contra eles, de acordo com uma declaração conjunta dos dois países. “Qualquer intervenção militar contra o Níger será considerada uma declaração de guerra contra Burkina Faso e Mali”, diz a declaração, divulgada pela AFP.

A África é um continente marcado por uma história de lutas e resistência contra a dominação imperialista. Recentemente, essa efervescência tem se intensificado com os acontecimentos políticos que têm ocorrido em países como Mali, Burkina Faso e Niger. Golpes de Estado, insurgências e movimentos de libertação têm colocado em xeque o poder das potências opressoras e buscado novas alianças, especialmente com Rússia e China.

Os Golpes no Sahel e a Aliança com Rússia e China

Nos últimos meses, ocorreram três golpes de Estado na região do Sahel, sendo o mais recente no Niger. Esses golpes têm em comum a orientação pró-Rússia e têm sido interpretados como parte de um movimento mais amplo de nações africanas que buscam romper com a dominação imperialista. Mali, Burkina Faso e Niger estão se aliando ao bloco liderado por Rússia e China, que oferece as melhores condições para confrontar as potências opressoras.

Essa busca por autonomia e independência é um acontecimento espetacular. Pode ser o prenúncio de uma segunda onda de revoluções e guerras de libertação, assim como ocorreu após a Segunda Guerra Mundial. Os golpes de Estado na região do Sahel acontecem em um momento em que todo o continente africano tenta romper com as grandes potências e se unir em blocos como o BRICS (Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul). O processo de integração da África do Sul ao BRICS demonstra a crescente efervescência no continente.

Em 26 de julho à noite, os rebeldes anunciaram na televisão nacional a destituição do presidente Mohamed Bazoum, o fechamento das fronteiras da república, um toque de recolher, a suspensão da constituição e a proibição da atividade de partidos políticos. Em 28 de julho, eles declararam que o General Abdurahmane Tchiani havia se tornado o chefe de Estado. Durante o golpe, ele liderou a guarda presidencial, cujas unidades detiveram Bazoum e continuam a mantê-lo sob custódia.

Na segunda-feira, a BBC relatou que as novas autoridades do Níger suspenderam as exportações de urânio e ouro para a França. O Níger é o sétimo maior produtor de urânio do mundo, representando 5% da produção global. De acordo com a mídia francesa, o Níger é responsável por 15% – 17% do urânio usados para gerar eletricidade na França.

A Rebelião Talibã no Afeganistão e a Resistência à Dominação Imperialista

Um dos eventos mais marcantes dessa nova etapa de resistência contra a dominação imperialista foi a insurreição talibã no Afeganistão em 2021. Apesar de ser um grupo guerrilheiro pouco armado, os talibãs impuseram uma derrota acachapante ao exército mais poderoso do mundo. Esse fato enviou uma mensagem clara: o poder das potências opressoras está enfraquecido.

A rebelião africana faz parte desse movimento de resistência. Assim como a insurreição afegã e a guerra na Ucrânia, o golpe no Niger é um avanço na luta contra o imperialismo. Tudo aquilo que representa uma vitória dos oprimidos contra o imperialismo, independentemente da forma que assume, é um progresso para a luta de todos os povos contra o grande inimigo da humanidade.

A África está escrevendo um novo capítulo em sua história de lutas e resistência. Os golpes de Estado, insurgências e movimentos de libertação são reflexos de um continente que busca se libertar da dominação imperialista e construir seu próprio caminho. A busca por alianças com Rússia e China é estratégica, pois esses países oferecem uma alternativa ao domínio das potências ocidentais.

É importante ressaltar que a luta contra a dominação imperialista não é apenas política, mas também econômica. A “desdolarização” e a busca por novas parcerias comerciais são elementos-chave nesse processo. A África está se posicionando de forma autônoma e buscando fortalecer sua economia, rompendo com o modelo de dependência das grandes potências.

Os acontecimentos políticos na África, como os golpes de Estado no Sahel, representam um movimento de resistência e libertação contra a dominação imperialista. A busca por alianças com Rússia e China é estratégica para fortalecer a posição africana no cenário mundial. O continente está escrevendo um novo capítulo em sua história, buscando autonomia política e econômica. A África se levanta contra as potências opressoras e caminha em direção à libertação.

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