O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, é aguardado para se entregar na prisão do condado de Fulton, conforme anunciado pelo xerife local em um comunicado divulgado na terça-feira (15). Juntamente com outros 18 co-réus acusados na segunda-feira de tentar subverter o resultado das eleições de 2020 na Geórgia, Trump foi acusado de 13 crimes.
A acusação se refere às tentativas de interferência no resultado eleitoral da Geórgia, estado onde o republicano foi superado por Joe Biden por 0,02% nas eleições presidenciais de 2020. “O grande júri do condado de Fulton decidiu acusar 19 indivíduos por violação à lei da Geórgia decorrente de conspiração criminosa para reverter os resultados da eleição presidencial de 2020 neste estado”, disse a promotora do condado Fani Willis.
O ponto central do caso envolve um telefonema de 2 de janeiro de 2021 a Brad Raffensberger, secretário estadual da Geórgia, no qual Trump o instou a “encontrar votos” para vencer no estado. “Veja, tudo o que quero fazer é isso: só quero encontrar 11.780 votos, um a mais do que nós temos [de diferença]. Porque nós ganhamos o estado [da Geórgia]”, disse Trump no telefonema de 2 de janeiro de 2021.
Ele continua sendo o favorito tanto nas eleições internas do partido Republicano, como também para a presidência dos Estados Unidos em 2024. O que dá para perceber é que as arbitrariedades de juízes norte-americanos, na sanha de tirar o principal candidato nas próximas eleições, está surtindo efeito contrário. Cabendo inclusive aquela metáfora da massa de pão: quanto mais bate, mais cresce.
Na verdade, trata-se de um engano real e completo por parte de setores políticos que acreditam que é possível tirar do pleito lideranças políticas através das vias constitucionais. O feitiço se vira contra o feiticeiro. A população tende a desconfiar cada vez mais quando sente que os processos contra seu candidato não passam de uma farsa e que o objetivo pode ser tudo, menos fazer justiça.
Mesmo se tratando de figuras e políticas totalmente diferentes, o caso de Lula em 2018 é bem educativo. O principal candidato, na frente em todas as pesquisas eleitorais, foi retirado à força através de uma das fraudes jurídicas mais escancaradas da história do Brasil em pleitos eleitorais. Mesmo preso, Lula mantinha-se à frente durante as pesquisas de opinião. Após 580 dias na prisão, concorreu às eleições de 2022 e está na presidência da República atualmente.
Nos dias de hoje, a burguesia e setores da esquerda se apressam para tentar colocar Bolsonaro na cadeia. O candidato obteve, nas últimas eleições, quase metade do eleitorado brasileiro, literalmente. Não adianta acreditar que colocando ele na prisão a população vai deixar de ser bolsonarista, muito pelo contrário, a tendência é que sua popularidade aumente de forma significativa.
Outro ponto importante a ser levantado em conta são as características dessas perseguições claramente políticas a esses líderes políticos. São denúncias vagas, abstratas, vazias e julgadas, na maioria das vezes, de forma arbitrária, passando por cima da Constituição Federal. E achar que a população é besta e facilmente engolirá essas manobras ridículas é cair em um erro que pode ser fatal.