O governo da Venezuela resolveu traçar limites para a atuação de organizações não governamentais no país. É o que demonstra recente decisão tomada pela Suprema Corte venezuelana.
A decisão em questão se refere à ONG Cruz Vermelha. A Suprema Corte da Venezuela decidiu que deveria ser afastado da presidência da ONG o senhor Mário Villarroel, que a presidia há mais de 40 anos no país.
A decisão foi tomada depois que surgiram acusações de maus tratos e assédio por parte de Villarroel contra voluntários da Cruz Vermelha.
Mario Villarroel passou então a ser investigado pelo Ministério Público, que acatou também a acusação por parte do membro do Partido Unidos da Venezuela (PSUV) de que a ONG presidida por Villarroel trabalharia em conjunto com os Estados Unidos e financiada pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) para conspirar pela derrubada do presidente Nicolás Maduro.
Pela determinação da Suprema Corte, a ONG passará a ser intervencionada pelo empresário Ricardo Cusanno, o qual anunciou em suas redes sociais que dará início a um processo de eleições transparentes para a direção da Cruz Vermelha no país.
Além da decisão judicial que decidiu pela intervenção nessa ONG especificamente, está em andamento na Assembleia Nacional da Venezuela um projeto de lei que aumenta o poder de fiscalização do governo sobre essas entidades.
Por parte das entidades, como não poderia deixar de ser, a gritaria foi geral e já temem que Maduro endureça o cerco contra a sua atuação golpista tanto quanto o fez, o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega.
“Peço de forma respeitosa que não permitam que uma ação arbitrária de um ente estatal manche os 128 anos de existência da nossa instituição.”Disse Miguel Villarroel, vice-presidente da Federação Internacional da Cruz Vermelha, filho de Mário.
A Organização das Nações Unidas (ONU) também se manifestou falando que caso a lei de intervenção estatal das ONGs seja aprovada, isso significaria “um ponto sem volta no fechamento do espaço cívico e democrático da Venezuela”…
Ao contrário do que esbravejam os representantes dessas entidades, a decisão do governo venezuelano está corretíssima. É preciso impor um grande limite à atuação dessas organizações e de preferência bani-las completamente do país, pois como é de amplo conhecimento, o que essas entidades fazem é nada mais nada menos do que penetrar no Estado nacional para distrair a atenção da população dos problemas reais do país e da forma como resolvê-los e encaminhá- la por uma via de desmobilização popular ou de ataque aos governos nacionalistas que irá favorecer dessa forma os interesses pró imperialistas, como acontece no caso da Venezuela em que busca se atacar o governo Maduro pelas dificuldades de vida da população sem em momento algum mencionar o bloqueio econômico criminoso dos EUA ao país sul-americano.