Um dos principais assuntos da política nacional nos jornais da imprensa burguesa atualmente é o problema da dita reformulação ministerial, que segundo os mesmos órgãos de imprensa, Lula estaria buscando realizar para viabilizar uma maior governabilidade no Congresso Nacional.
As informações até o momento não vem de informações oficiais do próprio governo, mas sim, começam com fofocas na própria imprensa burguesa que faz campanha junto a setores da direita golpista para pressionar o governo eleito.
Segundo os jornais, discute-se nesse momento tornar a Caixa Econômica Federal uma moeda de troca, além do ministério dos direitos humanos, entre outros pontos-chave do governo Lula. Para estes setores, partidos como PP, Republicanos, entre outros partidos que compunham até 2022 a base congressista do governo de Jair Bolsonaro, estão sendo os principais organizadores da nova investida contra o governo.
Recentemente Lula já fora pressionado pelo centrão para reorganizar pastas de ministérios como os de Marina Silva e Sônia Guajajara, no entanto, os golpistas querem mais.
O centro do problema é a questão da luta ou não pela chamada “governabilidade”, contudo esta é uma luta com um fim já conhecido pelo governo Dilma: a direita sempre quer mais, até o ponto de colocar o governo eleito totalmente em sua mão.
Lula tem como principal política os acordos e rearranjos políticos com a direita, no entanto, está política não trará resultados na atual situação. Lula não possuí força no governo, já a direita avança com tranquilidade para paralisar seus principais projetos políticos. Ceder a Caixa, ministérios, entre outros setores do governo servirão apenas para temporariamente aprovar uma ou outra medida secundária de Lula.
O único caminho que poderá garantir o avanço do desenvolvimento nacional e a política de conquistas de direitos por parte dos trabalhadores é a mobilização popular. É neste terreno que reside o real poder político de Lula. O povo mobilizado é a única maneira de sustentar e dar a força necessária para Lula confrontar a direita golpista. Contudo, isso não depende apenas de Lula, que está em certa medida fazendo sua parte, mas sim, das organizações populares, sobretudo da CUT e do próprio PT que precisam tomar a frente.
