Onze países sul-americanos participam hoje de uma cúpula regional organizada pelo governo Lula. O evento tenta reatar o diálogo que foi interrompido desde o golpe de 2016. A diplomacia brasileira está tratando o encontro como uma espécie de “retiro”. Muitas questões regionais precisam ser superadas, pois há países com forte alinhamento com o imperialismo, como no caso do Chile.
Gisela Padovan, secretária de América Latina e Caribe, diz que a cúpula é um ponto de partida e não um ponto de chegada e disse “Qualquer avanço nas discussões será tratado como uma vitória diplomática, especialmente se houver indicações de que a Unasul poderá ser reorganizada com a participação de todos os 12 países sul-americanos. Atualmente, apenas sete países são formalmente membros da organização, que até mesmo perdeu sua sede. Provavelmente, muitas outras reuniões serão necessárias para obter progressos significativos na reorganização do grupo, mas a cúpula atual representa um passo importante rumo à integração regional tão almejada”.
Já Sergey Lavrov, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, comentou que seria importante que os países debatessem uma saída local para o comércio que não despendesse do dólar.
O encontro marcou um avanço de Lula na política internacional. Com o objetivo de fortalecer o Brasil e a América Latina contra os interesses do imperialismo. Postura que ficou clara após suas declarações em defesa da Venezuela e Nicolas Maduro.