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Em Bruxelas

Lula critica sanções contra a Rússia e gastos com a guerra

A reiterada política de Lula em relação à guerra na Ucrânia demonstra que ele tem por objetivo realizar um governo de tipo nacionalista, promovendo o desenvolvimento do Brasil

Em Bruxelas desde domingo (16), para participar da terceira cúpula que reúne países da CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e da UE (União Europeia), nessa segunda-feira, o presidente teceu críticas às sanções que os países imperialistas continuam a aplicar contra a Rússia, assim como aos gastos dos mesmos com a guerra.

Em discurso proferido perante chefes de Estado da União Europeia, Lula afirmou, referindo-se à guerra entre a Ucrânia e a Rússia, que “recorrer a sanções e bloqueios sem o amparo do direito internacional servem apenas para penalizar as populações mais vulneráveis”.

Segundo o presidente, “A guerra no coração da Europa veio para aumentar a fome e a desigualdade, ao mesmo [tempo em] que elevou os gastos militares globais. Apenas em 2022, em vez de matar a fome de milhões de seres humanos, o mundo gastou 2,24 trilhões de dólares para alimentar a máquina de guerra, que só causa mortes, destruição e ainda mais fome”.

Aproveitou, então, para novamente direcionar críticas ao Conselho de Segurança das Nações unidades, dizendo que a guerra “é mais uma confirmação” de que órgão “não atende aos atuais desafios à Paz e à Segurança”.

No sentido da resolução do conflito, e solucionar os problemas pelos quais passam os países oprimidos pelo imperialismo, disse ser “inadiável reformar a governança global”, e que “esse será um dos temas principais da presidência brasileira do G-20, no próximo ano”.

Assim, no cenário internacional, Lula mantém-se firme em sua política nacionalista, a qual, por conseguinte, também é anti-imperialista.

Desde o início da Operação Militar Especial, o presidente advoga por uma paz negociada entre a Rússia e a Ucrânia. Uma política contrária à do imperialismo, que procura prolongar a guerra a fim da desestabilização do governo russo.

Tendo voltado à presidência da República no começo desse ano para um terceiro mandato, a política de Lula em relação à guerra se intensificou. Se antes o presidente limitava-se a defender a paz, desde o começo do mandato ele vem condenando abertamente as sanções, criticando o envio de armas pelo imperialismo à Ucrânia e, consequentemente, atribuindo aos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, a responsabilidade pela escalada e manutenção do conflito.

Embora não seja uma política revolucionária, certamente é uma política que demonstra as intenções de Lula de se aproximar da Rússia e da China, a fim de formar um bloco coeso e forte entre os países oprimidos, a fim de ter força para enfrentar a ditadura do imperialismo, para, assim, poder aplicar no Brasil sua política de desenvolvimento nacional.

Nesse sentido, declarou, após se referir à reforma no sistema de governança global, que “as legítimas preocupações dos países em desenvolvimento devem ser atendidas, e precisamos estar adequadamente representados nas instâncias decisórias”.

A reiterada política de Lula em relação à guerra na Ucrânia demonstra que ele tem por objetivo realizar um governo de tipo nacionalista, promovendo o desenvolvimento do Brasil através de sua reindustrialização.

O fato de ele não estar conseguindo implementar sua política nacionalista no âmbito interno não significa que ele seja um político a serviço do imperialismo. Pelo contrário, sua política está inviabilizada justamente por ele estar sendo sabotado pelos aliados do imperialismo no Brasil, tanto de direita quanto de esquerda.

Nesse sentido, a única saída para que Lula possa realizar seu programa de governo no âmbito interno (da mesma forma que vem fazendo no cenário internacional) e evitar que perca sua popularidade perante o povo e seja alvo de um golpe, é buscar o apoio dos trabalhadores e de suas organizações, e de uma mobilização de massas dos mesmos, pela qual se deve trabalhar de forma incessante desde já.

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