Na última semana, os líderes do Hezbollah, um movimento político islâmico-libanês, fundado em 1982, e do Hamas, grupo também de resistência islâmica, fundado em 1987, tiveram uma reunião em Beirute, capital do Líbano, para começar a discussão sobre sua luta contra o seu iniminigo maior, o braço imperialista no Oriente Médio: Israel.
Ismail Haniyeh (Hamas) e Hassan Nasrallah (Hezbollah), não divulgaram a data do encontro, por motivos de segurança, porém Haniyeh estave em Beirute por alguns dias. Não se sabe ainda quais conclusões extraíram do encontro.
Segundo a imprensa burguesa, ambos falaram da “intensificação da resistência na Cisjordânia e em Gaza”, e dos acontecimentos na Mesquita de Al Aqsa, em Jerusalém, quando a polícia israelense expulsou de uma maneira violenta os fiéis palestinos do local considerado sagrado. Segundo o Hezbollah, a atitude provocativa e desnecessária da polícia israelens foi o que provocou uma onda de violência na região, visto que eram peregrinos caminhando por sua fé.
O exército israelense, ainda, anunciou um ataque à Síria, dizendo-se fazer, em resposta ao lançamento de foguetes contra as colinas anexas de Golã. É preciso lembrar que as colinas pertencem à Síria, mas os sionistas ocuparam a região e tentam roubar para si e anexar ao seu território.
O acirramento da luta contra o imperialismo tem conseguido aproximar o Hamas e o Hezbollah, grupos que tinham diferenças importantes, mas que estão sendo deixadas de lado em função da importância da luta política real dos povos árabes contra os norte-americano. A reunião destes dois grupos, é uma expressão real, da radicalização na região, visto que são suportados por países como Irã. No último período houve um estreitamento de relações com a Rússia e a China.
A Rússia teve um papel importante na Síria para derrotar o Estado Islâmico, grupo terrorista financiado pelos Estados Unidos. Estão em andamento acordos dos russos com o governo iraquiano. A China, por sua vez, tem se aproximado da Arábia Saudita, aliado históricos do imperialismo na região.
Há um fator importante nessa crise: o imperialismo se mostrou com muita debilidade após a derrota para o Talibã, isso encorajou outros países oprimidos a lutarem por sua libertação. O governo Netanyahu parece sentir o terreno movediço sob seus pés, e busca uma política mais independente em relação aos EUA, o que tem causado uma certa turbulência com o governo Biden.
No meio disso tudo, Israel deve temer por seu isolamento, pois não pode enfrentar sozinho os países que se acostumou a oprimir. As lideranças árabes sentem o momento, por isso se reúnem e podem criar uma aliança que definirá o futuro dos sionistas.