O líder do Movimento Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe), Ismail Haniyeh, afirmou que a resistência palestina conseguiu frear a invasão israelense na Faixa de Gaza, que não conseguiu avançar para o sul da região diante da luta armada. Ele apontou que o Hamas arruinou os planos da ocupação, segundo o Middle East Monitor.
“[A resistência palestina] enfrentar a ocupação e arruinar seus planos, apesar da grande dor e do crescente número de mártires, feridos e palestinos forçados a deixar suas casas, o que nos entristeceu e afetou todas as nossas famílias. Este é o preço da liberdade e da libertação”.
Haniyeh, em coletiva de imprensa na sexta-feira (24), destacou que “o inimigo [Israel] contava com o retorno dos reféns usando suas armas, assassinato, genocídio e todas as formas de terrorismo sem precedentes na história, e declarou que não aceitaria um cessar-fogo”. Por isso, Haniyeh, aponta que o Estado sionista “recusou-se a implementar a resolução do Conselho de Segurança que foi emitida recentemente, a qual estipulava tréguas humanitárias”.
Assim, Haniyeh destacou a importância da resistência palestina para alcançar a trégua. “Após quase 50 dias de seus crimes e brutalidade, enfrentando a firmeza de nosso povo e a resistência que o confrontou em todos os fronts da luta com firmeza e coragem, foi forçado a aceitar as condições da resistência e a vontade de nosso povo orgulhoso. Isso levou à celebração de um acordo de cessar-fogo e troca parcial de prisioneiros, que entrou em vigor às 7 da manhã de sexta-feira e continuará por quatro dias”, destacou, ressaltando a vitória da luta armada.
Sobre a trégua, Haniyeh afirmou que, “com o patrocínio de nossos irmãos no Catar e Egito, participamos de negociações difíceis e laboriosas nas últimas semanas, gerenciando-as com senso de responsabilidade e um equilíbrio cuidadoso que combinava a preocupação em aliviar o sofrimento de nosso povo e interromper a máquina de assassinatos brutais e massacres, não permitindo que o inimigo impusesse sua agenda ou evitasse os termos deste cessar-fogo, mas sim impondo nossa visão e prioridades.”
Haniyeh enfatizou a aderência da resistência ao acordo e seu sucesso desde que o Israel o respeite, saudando também a continuação de esforços promissores e esforços contínuos para encerrar a agressão sionista contra os palestinos. Ele defendeu também o fim do cerco a Gaza, a troca de prisioneiros e a interrupção do ataque à Mesquita de Al-Aqsa. O líder do Hamas defendeu a capacitação dos palestinos para exercer todos os seus legítimos direitos nacionais para estabelecer seu Estado palestino independente, com Jerusalém como sua capital, e o direito à autodeterminação.
Ele também apontou “a necessidade de continuar os esforços árabes e islâmicos e os dos países amigos, especialmente Rússia e China, para permitir que nosso povo alcance suas aspirações de liberdade, retorno e independência, e para garantir que a ocupação não escape das consequências desta batalha.”
Haniyeh enfatizou que o Hamas “não abandonará suas posições e não abandonará suas responsabilidades para com nosso povo antes, durante ou após a batalha”. Ele ainda elogiou a posição árabe e islâmica em relação à rejeição de qualquer interferência no destino da Faixa de Gaza após o fim da agressão, observando que o movimento rejeita o deslocamento, especialmente para os países vizinhos Egito e Jordânia.