Vídeo publicado pelo Hamas

‘Liberte-nos sem condições’, prisioneiros imploram a ‘Israel’

Com os mais recentes acontecimentos, como por exemplo o exército ter assassinado três prisioneiros que carregavam bandeiras brancas, cresce pressão sobre o governo

Nesta segunda-feira (18), o Hamas divulgou um vídeo de três prisioneiros israelenses. Todos eles idosos. No vídeo, um deles, de nome Haim Bery, 79 anos, diz não entender “porque foi abandonado” pelo governo Netanyahu. Expressou também o medo de ser morto pelos bombardeios incessantes das Forças de Defesa de “Israel”, clamando para que o governo os liberte, que não os deixe envelhecer lá:

“Somos a geração que construiu os alicerces para a criação de Israel. Fomos nós que iniciamos as forças armadas de Israel. Não entendemos por que fomos abandonados aqui. Vocês têm que nos libertar daqui. Não importa o custo. Não queremos morrer em decorrência dos ataques aéreos militares das FDI. Liberte-nos sem condições. Não nos deixe envelhecer aqui”.

O vídeo é só mais uma demonstração de que o objetivo de “Israel” ao atacar Gaza não é resgatar os prisioneiros israelenses, mas expulsar o povo palestino de suas terras, dando continuidade à limpeza étnica que começou em 1947. As declarações seguem na esteira das notícias de que as famílias dos prisioneiros israelenses estão decepcionadas ou mesmo revoltadas com o governo de Benjamin Netanyahu, pois veem que este não faz nada para libertar seus parentes, conforme havia prometido após o 7 de Outubro.

Nesse sentido, no dia 6 de dezembro, foi noticiado pela rede de notícias catariana Al Jazeera que as famílias dos prisioneiros se reuniram com Netanyahu, mas saíram da reunião descrevendo-a como uma farsa:

“Não vou entrar em detalhes sobre o que foi discutido, mas todo esse desempenho foi feio, insultuoso e confuso”, disse Dani Miran, cujo filho, Omri, é um dos prisioneiros.

O mesmo entrevistado desmascarou o governo sionista e sua propaganda, dizendo quem devolveu os israelenses que já foram libertos foi Yahya Sinuar, o dirigente revolucionário do Hamas que esteve no comando da Operação Dilúvio de al-Aqsa:

“Eles [governo de “Israel”] dizem, ‘Fizemos isso, fizemos aquilo’. Sinuar é quem devolveu nosso povo, não eles”.

Em declaração semelhante, dada ao Canal 12 de “Israel”, Jennifer Master, cujo parceiro Andrey ainda está sob custódia do Hamas, disse que “foi uma reunião muito turbulenta, muitas pessoas gritando”, acrescentando que “estamos todos tentando garantir que nossos entes queridos voltem para casa. Há aqueles que querem as mulheres que restam ou as crianças que restam, e aqueles que dizem que queremos os homens”.

Não bastassem os bombardeios incessantes e o bloqueio imposto ao enclave, os quais, por si só, já colocam em risco a vida dos prisioneiros israelenses, há cerca de duas semanas, “Israel” começou a inundar os túneis abaixo de Gaza com água salgada, demonstração inequívoca de que pouco importa a Netanyahu e aos demais no comando do Estado sionista se os prisioneiros morram. Afinal, é nos tuneis que, muito provavelmente, eles estão sendo mantidos pelo Hamas. Fica, então, cada vez mais claro, que “Israel” não tem nenhum compromisso com a vida de seus cidadãos judeus. Seu único compromisso é com o genocídio do povo palestino, com sua expulsão da Palestina, com a limpeza étnica.

O assassinato dos prisioneiros israelenses, que portavam bandeiras brancas escritas S.O.S (sinal internacional de ajuda), no dia 15 de dezembro, não foi nenhuma coincidência. E os próprios judeus israelenses já percebem isto, de forma que os protestos na capital sionista, Telavive, intensificam-se. No último dia 9, já havia ocorrido manifestações por todo o território israelense, seja na capital, seja em cidades importantes como Haifa, em que se viu manifestantes portando faixas pedindo a renúncia do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Após o assassinato dos prisioneiros pelas Forças de Defesa de “Israel”, novos protestos irromperam pelas ruas do território israelense no mesmo dia em que o governo anunciou as mortes. A manifestação encerrou-se em frente a uma base militar, com os manifestantes carregando placas e velas, enquanto os manifestantes clamavam por um acordo para cessar o conflito e permitir o retorno dos prisioneiros.

No dia seguinte, 16, houve um novo protesto, desta vez em frente ao Museu de Arte de Telavive, na praça que agora ficou conhecida como Praça dos Reféns, pois é o local em que os protestos geralmente vêm ocorrendo. Em suma, “Israel” e o sionismo estão sendo desmascarado em todos os aspectos, até mesmo no que diz respeito ao dever de proteção dos próprios israelenses.

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