O governo direitista, Luis Lacalle Pou, do Uruguai, não perde uma oportunidade de atacar os governos mais anti imperialistas do continente Latino Americano, como é o caso de Cuba, Nicarágua e Venezuela. O presidente uruguaio, junto ao presidente chileno Gabriel Boric, tem sido os dois principais porta-vozes da burguesia internacional na região.
Ultimamente a discordância com os países vizinhos em relação à política internacional tem colocado em xeque até mesmo a participação do Uruguai no Mercosul. As regras do bloco da América Latina não permitem o livre comércio com a China, porém o presidente uruguaio tenta de todas as maneiras uma forma de como costurar essa proibição. Furar esse bloqueio afetaria a taxação de tarifas de importação de países que não são do bloco.
Lacalle Pou, acusa o Mercosul de ser um bloco protecionista, enquanto ele defende o livre comércio e abertura total da economia uruguaia para comércio com outros blocos. É mais do que óbvio que o presidente uruguaio tem governado para a burguesia e para um amplo setor do agronegócio em seu país. Essa defesa ferrenha do neoliberalismo mais radical coloca toda a população à mercê dos grandes empresários, bancos e sanguessugas do povo.
Talvez o presidente uruguaio não saiba, mas as maiores potências do mundo tem seu protecionismo de mercado. Estados Unidos é um exemplo claro disso, a Europa também. Enfim, é importante que dentro do Mercosul tenha se mostrado cada vez mais dois lados opostos. E felizmente o do Brasil com Lula se mostra anti-imperialista, nacionalista e cada vez mais a esquerda, ao contrário do presidente do Uruguai.
Na última reunião do Mercosul, que aconteceu no mês de junho na Argentina, Montevidéu optou por não assinar o comunicado conjunto do bloco pela quarta vez consecutiva. Outra coisa que incomodou o presidente do Uruguai foi a presença de volta para o Mercosul da Venezuela. Atacou Maduro e o regime político venezuelano ao qual ele considera como ditadura e também discordou da fala do presidente brasileiro, Lula, sobre Venezuela e Maduro.
Sem citar Lula, Lacalle Pou diz: “Fiquei surpreso quando se disse que o que acontece na Venezuela é uma narrativa. Vocês sabem o que nós pensamos da Venezuela e do governo da Venezuela”, reagiu o uruguaio. “Se há tantos grupos no mundo tentando mediar a volta da democracia plena na Venezuela, para que haja respeito aos direitos humanos, para que não haja presos políticos, o pior que podemos fazer é tapar o sol com um dedo. Vamos dar o nome que tem e vamos ajudar.”
Durante a reunião do bloco, Lacalle Pou afirmou também que: “O Uruguai tomou uma decisão de avançar com a China para um acordo de livre comércio bilateral, se é junto com a permanência do Mercosul, melhor. Queremos um Mercosul moderno, flexível e aberto ao mundo.” Sendo assim, é fácil perceber que estamos diante de mais um capacho do imperialismo na América do Sul, um verdadeiro funcionário do Estados Unidos.