O DCM, Diário do Centro do Mundo, continua sua saga, sua descida acelerada em direção ao esgoto do jornalismo. O portal repete as mesmas práticas do mau jornalismo, sempre procurando caluniar em vez de debater. Desta vez, tenta culpar o PCO pelas hostilidades que o padre Júlio Lancellotti vem sofrendo de sionistas, inclusive daqueles que se dizem de esquerda.
Vejamos a transcrição da fala do apresentador, quando entrevistava Maynara Nafe, da Fepal: “O padre Julio [Lancellotti] acabou sendo associado ao Hamas porque lá na [avenida] Paulista tinha uns caras do PCO com camiseta do Hamas, bandeira do Hamas, e uns símbolos também da Estrela de Davi com a suástica no meio… Quer dizer, pura provocação. Pura infiltração, até diria, de algo que parece de extrema-direita”.
Começando pelo final, é preciso lembrar ao senhor Nogueira que é justamente a extrema-direita que, como ele, repudia o Hamas.
O ataque a Julio Lancellotti veio de seu discurso no ato do dia 4 de novembro, na Avenida Paulista, quando sustentou que “Israel, além de ser um Estado assassino, é um Estado covarde”, (…) “Direito de defesa não é matar, direito de defesa não é ser covarde, ser assassino. Graças a Deus, nem todos os judeus e nem todos os israelitas apoiam esse governo assassino”.
Lancellotti não foi, portanto, associado ao Hamas por causa do PCO, que estão utilizar como pretexto. O próprio PCO não concorda integralmente com as posições de Lancellotti, mas defende que ele participe das manifestações em prol da Palestina, bem como o defendeu dos ataques que vem sofrendo.
Terroristas?
Como todo mau jornalista, K. Nogueira fez toda uma introdução à entrevistada, e praticamente já deu a resposta. Como sempre, partiu para as calúnias, chamando o Partido da Causa Operária de quadrilha: “Te preocupa que esse tipo de coisa em manifestações. Um cara vai lá, encontra a quadrilha do PCO fazendo torcida para o Hamas? Não desvirtua um pouco a luta palestina?”
O PCO não esconde seu apoio ao Hamas, entende que esse partido é a expressão do desejo do povo palestino de lutar contra a opressão sionista. O imperialismo sempre fez questão de classificar de ‘terroristas’ todos os que ousassem lutar contra sua dominação colonialista. Aqueles que chamam o Hamas de terrorista apenas engrossam as fileiras do imperialismo.
Embora o DCM se coloque no espectro da esquerda, isso que faz Nogueira apenas revela que ele está do lado da direita. O discurso dele é o mesmo que o da Rede Globo e qualquer outro meio de comunicação burguesa.
Os críticos da Hamas, além de fazerem coro com a grande imprensa, estão agindo em conformidade com a vontade dos sionistas que querem eliminar a resistência palestina. É preciso lembrar que o Hamas é um partido político que tem um braço armado. Na Faixa de Gaza, hoje, existem pelo menos quatro grupos lutando contra os invasores.
Atacar o Hamas é fortalecer o sionismo, é preciso dizer isso com todas as letras. O senhor Nogueira se esquece de uma questão fundamental, o Hamas não é considerado um grupo terroristas no Brasil e em inúmeros países do mundo. Se havia algum receio de se apoiar esse grupo, a virulência dos ataques sionistas, o morticínio indiscriminado que produzem na Faixa de Gaza, têm feito com que cada vez mais pessoas apoiem esse partido. Neste sábado (11/11) em uma massiva manifestação em favor da Palestina, um direitista levantou um cartaz dizendo que o Hamas e ISIS seriam a mesma coisa, e logo teve que enfrentar a fúria dos manifestantes, e só não se deu muito mal pela intervenção de outros que preferiram evitar o pior.
Na Europa as manifestações são massivas, no Brasil aumentam a cada dia. A posição de Kiko Nogueira é completamente reacionária, digna de todo direitista. Pois não reconhece a legitimidade do Hamas, que só existe porque os palestinos estão há décadas sendo oprimidos pelos sionistas.
A entrevistada pelo DCM, Maynara Nafe, ficou em cima do muro, diz não concordar muito com a presença de grupos políticos nas manifestações. O que temos que dizer a ela é que não se deixe intimidar por direitistas como o senhor Nogueira.
Todo apoio aos palestinos é essencial, não precisamos concordar em tudo. No entanto, não podemos nunca nos render aos críticos do Hamas, eles é que são os infiltrados, que querem destruir a resistência heroica do povo palestino que hoje se expressa no Hamas e todos os que pegaram em armas para lutarem pela liberdade.
É uma luta desigual, por isso é preciso valorizar a coragem dos guerrilheiros. Israel tem um dos exércitos mais bem armados do mundo, e não se incomoda em trucidar crianças. E precisamos lembrar que esse país terrorista ainda recebe apoio do imperialismo americano. Lutar nessas condições é para poucos.
É preciso denunciar esses direitistas caluniadores, jornalistas da imprensa marrom. O Hamas continuará a receber apoio do PCO e de todos aqueles que reconhecem o quão importante é a luta contra a opressão imperialista. Demonizar os oprimidos é trabalho da escória do jornalismo, como a grande imprensa, que sempre está do lado de quem massacra.
O povo, a classe trabalhadora, e a cada dia isso fica mais claro, apoia o Hamas.