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Craque Neymar deixa o PSG

Jogar na Arábia Saudita é melhor que jogar na França

Tirando a Inglaterra, em qual outro país europeu há competições acirradas? No geral, os campeonatos são polarizados por duas equipes, raramente três

O anúncio da contratação de Neymar Jr. – o maior jogador de futebol do planeta -, pelo clube árabe Al-Hilal, como já era de se esperar, marcou mais um episódio da série “preso por ter cão, preso por não ter cão” protagonizada pelo craque. A imprensa do imperialismo, empenhada na campanha pela destruição do melhor futebol do mundo, não titubeou e disparou contra o brasileiro chamando-o de “fracassado”. Esse tipo de ataque não é novo, uma investida semelhante aconteceu quando Neymar foi contratado pelo seu atual clube, o PSG da França, mas contraditoriamente o mesmo não ocorreu com ida do português Cristiano Ronaldo para a Arábia Saudita.

Apesar dos meios de comunicação burgueses buscarem de todas as formas desvalorizar o futebol árabe, Neymar está correto. Além do clima insustentável que se criou contra o craque brasileiro na França, não somente por conta da campanha promovida pela imprensa canalha, mas também dentro do PSG e em campo onde sofre perseguição até mesmo da arbitragem, o futebol na Arábia Saudita tem recebido pesados investimentos e garantido destaque no cenário mundial. O novo time de Neymar, por exemplo, eliminou o gigante brasileiro Flamengo no último mundial de clubes (2022), sediado em Doha (Catar), e disputou a final contra o Real Madri da Espanha.

O grande número de jogadores de destaque no país asiático comprova o fortalecimento do futebol no país, que inclusive venceu a Argentina na última edição da Copa do Mundo (2022). O elenco do Al-Ittihad, por exemplo, conta com nomes como o brasileiro Fabinho, que conquistou todos os títulos possíveis atuando no Liverpool da Inglaterra, também o francês Karim Benzema, tetracampeão do mundo pelo Real Madri, além de Kanté, campeão do mundo com Chelsea da Inglaterra e com a seleção da França em 2018, e ainda Romarinho, campeão do mundial de clubes com Corinthians em 2012.

Jogar na Arábia Saudita, hoje em dia, é muito mais competitivo que jogar na França, que depois da hegemonia de quase uma década do Lyon no país, foi superado pelo domínio do PSG. Outras equipes sauditas também possuem grandes jogadores como o Al-Nassr, onde atua Cristiano Ronaldo, campeão do mundo pelo Manchester United da Inglaterra e tricampeão do mundo pelo Real Madri, além do senegalês Sadio Mané, campeão do mundo também pelo Liverpool, e dos brasileiros Anderson Talisca e Alex Telles, atuais campeões nacionais. O Al-Ahli tem como principal jogador o atacante brasileiro Roberto Firmino, campeão do mundo com Liverpool, ainda Roger Ibañez e o argelino Riyad Mahrez.

Neymar vai jogar ao lado dos compatriotas Michael e Malcom, e sua chegada torna o Al-Hilal a quarta equipe com campeão do mundo no elenco. Essa situação vai elevar ainda mais o nível do futebol saudita e promete incendiar a competição no país.

Ainda que o futebol árabe seja fraco, em qual país da Europa há competições acirradas? À exceção da Inglaterra, o futebol nesses países geralmente é polarizado por duas equipes, muito raramente há uma terceira em disputa. Mesmo na Liga dos campeões da UEFA, a competitividade surge na fase do mata-mata. Neste sentido, não há motivos para que o melhor jogador do mundo continue atuando no futebol francês e tampouco em países como na Alemanha, onde a equipe do Bayern de Munique por exemplo domina as competições.

Os países imperialistas estão criticando os sauditas por adotarem as mesmas práticas, das últimas quatro décadas, que possibilitaram aos países da Europa terem os melhores jogadores do mundo atuando em suas competições. Diante da monumental crise do imperialismo, as transações do futebol árabe inflacionam o mercado do futebol e isso os irrita profundamente. Por isso, o imperialismo busca desmoralizar quem vai pra Arábia Saudita. Até bem pouco tempo atrás, a imprensa inventava que Benzema e Cristiano Ronaldo eram os melhores do mundo. Agora, se seguir a linha do que fazem com Neymar, que é o coroamento do fortalecimento do futebol árabe em detrimento do europeu, teriam que taxá-los como “fracassados” também.

Para finalizar, cabe destacar que nada se falou sobre a ida do argentino Lionel Messi para o futebol norte-americano, este sim, um grande sinal de decadência e para um jogador que buscam apresentar como o melhor de todos os tempos. Isso revela o cinismo da imprensa imperialista e toda falsificação contra o futebol brasileiro.

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