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Morreu aos 88 anos

João Donato, pianista e compositor, precursor da Bossa Nova

Donato deixa uma obra de excelência musical, obra que é parte da formação da moderna música popular brasileira

Na madrugada dessa segunda-feira (17), faleceu o multi-instrumentista e compositor João Donato, aos 88 anos. Donato esteva internado em um hospital no Rio de Janeiro, segundo a família a causa da morte foi pneumonia. Donato, um dos ícones da MPB, era considerado também um dos precursores da Bossa Nova. Ao longo de seus 74 anos de carreira na música, Donato destacou-se pelo “sincretismo” rítmico, misturando gêneros como Jazz, Funk e Samba e ritmos latinos, destacando-se, sobretudo, como pianista e compositor.

Esteve ativo até o fim de sua carreia, seu último álbum, com Jards Macalé, “Síntese do lance”, com músicas inéditas, é de 2021. Trabalhou com outros grandes nomes da música brasileira e internacional como, Astrud Gilberto, Dorival Caymmi, Tom Jobim, Eumir Deodato, Stan Kenton, Nelson Riddle, Herbie Mann e Wes Montgomery.

Desenvolveu parceria duradoura e profunda com seu irmão Lysias Enio, sendo o principal letrista para suas canções. Das composições mais conhecidas destacam-se: “A paz”, com Gilberto Gil, “A rã”, com Caetano Veloso, e “Simples carinho”, com Abel Silva.

Acriano de Rio Branco, Donato nasceu em 1934. A música lhe acompanhou desde a infância. Em 1945 muda-se para o Rio de Janeiro com a família, ali estreitam-se seus contatos musicais, conheceu o grupo Namorados da Lula e faz amizade com Lúcio Alves, Nanai e Chicão.

Inicia sua carreira musical profissional em 1949, icomo integrante do grupo Altamiro Carrilho e Seu Regional. Em 1951 inicia seus estudos de piano, instrumento que o ira notabilizar. Em 1956 mudou-se para São Paulo e grava seu primeiro LP, “Chá dançante”, produzido por ninguém menos que Tom Jobim.

Em 1958 retorna ao Rio e no ano seguinte passa a residir nos Estados Unidos. Nesse período grava com artistas dos EUA e latinos, também realiza uma turnê pela Europa junto de João Gilberto. Volta ao Brasil em 1962 e no ano seguinte retorna aos Estados Unidos, onde vive pelos 10 anos seguinte, nesse período, dentre outros trabalhos, lança o disco “A bad Donato” (1970), listado como um dos melhores da música brasileira.

Além de multi-instrumentista e compositor, Donato era também arranjador, tendo trabalhado em obras como “O homem de Aquarius”, de Tom Jobim, e “Minha saudade”, de Lisa Ono, e discos de Fagner, Gal Costa e Martinho da Vila.

Recebeu prêmios ao longo de sua extensa carreira, testando-se o prêmio Shell de Música (2000) pelo conjunto da obra e o prêmio da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) em 2003.

A arte e a cultura nacional perdem um de seus grandes nomes, que contribuiu de maneira destacada para o desenvolvimento da música nacional.

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