No dia 23 de novembro o exército israelense prendeu o diretor do hospital al-Shifa, o qual havia sido invadido pelas forças sionistas na semana precedente.
Muhammad Abu Salmiya foi preso com base na mentira sionista, de que o hospital estava sendo utilizado como base de operações do Hamas. Outro médico e duas enfermeiras foram presas na ocasião e pelo mesmo motivo, segundo informações do ministério da saúde de Gaza.
Por óbvio, ele não é um caso isolado. Ao menos 3 mil palestinos foram presos por “Israel” somente na Cisjordânia, desde o dia 7 de outubro, conforme estatísticas divulgadas pela Comissão da Autoridade Palestina para Assuntos dos Prisioneiros e do Clube dos Prisioneiros Palestinos nessa terça (21). Nesse total, estão inclusas 145 crianças, 95 mulheres e 37 jornalistas.
Prisões foram conduzidas em inúmeras cidades, tais como Jenin, Hebron, Belém, Nablus, Ramallah, Jerusalém e Jericó, sendo que tais arbitrariedades incluíram a invasão sistemática de residência, contando com o auxílio perene das milícias fascistas do sionismo, chamadas pela imprensa de “colonos”.
As circunstâncias em que as prisões foram realizadas variaram, sendo que enquanto houve palestinos presos em postos militares, também há casos de cidadãos coagidos a se render em plena rua, outros presos após terem suas residências invadidas pelas forças de ocupação e até mesmo feito de reféns.
Segundo rede televisiva Al Jazeera, antes do dia 7 de outubro já havia cerca de 5 mil palestinos presos nas prisões Israelenses.
Com a ação revolucionária da resistência palestina no início do mês passado, a represália nazista do sionismo não se deu apenas por meio de bombardeios, mas também de prisões arbitrárias, na tentativa de sufocar a resistência. Conforme levantamento feito pela imprensa catariana, esse número aumento para mais de 8 mil, um crescimento de 60%.
No que diz respeito à condição dos palestinos nas masmorras israelenses, a ONG imperialista Save the Children, sediada no Reino Unido, noticiou em julho que as crianças palestinas presas nas masmorras israelenses são vítimas de abuso, desde psicológico, sendo torturadas com privação de sono, comida e água, passando por violência física e chegando ao paroxismo de sofrerem abuso sexual. Conforme o relatório publicado pela organização, “o principal crime alegado para estas detenções é o lançamento de pedras, que pode acarretar uma pena de 20 anos de prisão para crianças palestinas”.
O relatório é corroborado pela já citada organização palestina, que disse recentemente, há pouco mais de um mês, que “os prisioneiros estão sujeitos à fome e à sede; são impedidos de ter acesso aos seus medicamentos, especificamente para aqueles que sofrem de doenças crônicas que necessitam de medicação regular” e muitos deles “tiveram membros, mãos e pernas quebrados… expressões degradantes e insultuosas, insultos, xingamentos, amarrando-os com algemas nas costas e apertando-os na ponta a ponto de causar fortes dores… nus, humilhantes e grupais busca dos prisioneiros”.