Em discurso para a milícia Basij, ligada às forças armadas iranianas, o chefe do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica (IRGC) do Irã, major-general Hossein Salami, afirmou de maneira categórica que é possível que o regime sionista de Israel entre em colapso brevemente. “O regime sionista entrará em colapso em 48 horas se ocorrer outra ação militar anti-israelense como a operação Tempestade de Al-Aqsa” (Collapse of Israeli regime possible within 2 days, IRGC chief says, Tehran Times, 1/12/2023).
Na quinta-feira, o major-general Hossein Salami, observou que, “Aqui são 70 km de Gaza e Tel Aviv, 120 km do norte da Palestina e do sul do Líbano até Tel Aviv, e 40 km da Cisjordânia a Tel Aviv, o tempo para o colapso deste falso regime é curto”. “Se, como na Operação Tempestade al-Aqsa, o motor dos palestinos começar a funcionar novamente, o regime sionista será removido da geografia política do mundo em 48 horas”, acrescentou.
O General Salami continuou “poucas pessoas pensavam que o exército e o sistema de segurança do regime sionista estivessem tão perto do colapso. A Operação Tempestade Al-Aqsa mostrou aos sionistas que vivem nos territórios ocupados e à América o facto de que o colapso do regime está muito, muito mais próximo e mais fácil do que imaginam.” O líder militar também comentou sobre a situação dolorosa do imperialismo norte-americano: “Hoje, a ansiedade e a confusão sobre a derrota do regime sionista podem ser vistas nos rostos das autoridades americanas mais do que nunca, uma vez que não há perspectiva de salvar o falso regime israelita e os seus apoiantes não podem falar sobre a sua sobrevivência.
A derrota política e militar, também é reconhecida por autoridades do exército israelense. Um major-general da força de ocupação israelita escancara a ineficiência dos militares do exército de Israel contra os combatentes do Hamas e demais organizações lutando pela libertação do povo palestino. O major-general, Yitzhak Brick, afirmou que estão longe de obter uma vitória militar, “longe dos seus objetivos em Gaza”, e acrescentou: “ainda tem dezenas de milhares de combatentes”. Brick pôs com clareza que os militares israelitas são incapazes de “lidar com múltiplas frentes simultaneamente”, salientando que “hoje, as forças aéreas não vencem guerras e a Força Aérea ISraelista não pode parar um único míssil.”
A confiança dos líderes árabes e o desespero do Estado de Israel evidenciam o verdadeiro caráter do conflito iniciado no dia 7 de outubro. Em uma primeira vez em 75 anos, o povo palestino obtém uma vitória contra os seus maiores algozes, é sem dúvida, a maior crise do Estado de Israel desde sua fundação em 1948. Apesar do genocídio cometido contra civis inocentes, até o momento já são contalibilzados mais de 15.000 mortos, é irrefutável que o Hamas está com a vantagem, não apenas no campo militar, como na esfera política. O Estado supremacista colonialista de Israel só foi capaz de se manter e, se manteve durante por quase um século graças ao apoio intenso do imperialismo, sobretudo o imperialismo norte-americano. Portanto é indispensável não reconhecer o caráter progressista e até mesmo revolucionário da ação iniciada pelo Hamas, Jihad Islâmica e outros grupos de libertação.
A esquerda, essencialmente a que se diz revolucionária, precisa apoiar e comemorar a vitória dos combatentes da Resistência Islâmica, finalmente,são eles que estão liderando mais uma vitória contra o maior inimigo da população oprimida.