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Repressão aos palestinos

Israel está sumindo com seus prisioneiros

Torna-se cada vez mais necessário que o governo Lula rompa as relações políticas com Israel e passe à defesa consequente da Palestina, sem condenar o Hamas como terrorista

Não bastando o genocídio que Israel vem cometendo contra o povo palestino com os bombardeios a Gaza, que, desde o dia 7 de outubro,  já ceifaram a vida de mais de 15 mil, dos quais 6 mil crianças, e a prisão arbitrária de mais de 3 mil palestinos apenas na Cisjordânia, por lutarem contra o regime ditatorial de ocupação, denúncias feitas por familiares e por associações de direitos dos prisioneiros demonstraram que a ditadura sionista é ainda mais profunda.

Conforme notícia veiculada no sítio Monitor do Médio Oriente, há inúmeros casos de prisioneiros que são transferidos dos cárceres onde se encontram para outros de localização desconhecida, de forma que seus familiares, e ninguém, saibam de seu paradeiro. É o caso do brasileiro palestino Islam Hamed.

Hamed está preso nas masmorras israelenses há quase uma década. Conforme as denúncias feitas por seus famílias das associações que atuam em sua defesa, foi preso pela primeira quando era adolescente, acusado de jogar pedras em agentes do aparato de repressão sionista.

Desde então, fora preso arbitrariamente inúmeras vezes. Diz-se arbitrariamente, pois suas prisões foram todas “administrativas”, ou seja, a modalidade de prisão que existe em Israel em através da qual palestinos são presos e mantidos encarcerados sem qualquer julgamento, e sob as mais variadas (e frequentemente falsas) justificativas. No caso de Hamed, suas prisões administrativas se deram sem quaisquer justificativas.

No decorrer dos anos, chegou a ser solto algumas vezes, mas por pouquíssimo tempo. E, no breve período em que esteve fora da prisão, conseguiu constituir família, casando-se e tendo filhos, os quais ficaram sob cuidado de sua esposa e seus familiares, depois de ele ter sido encarcerado novamente.

Em 2015, o governo brasileiro tentou interceder perante Israel, para obter um salvo conduto para Hamed, para que ele viesse para o Brasil. No entanto, o Estado sionista foi inflexível.

Uma verdadeira ditadura fascista recaindo sobre Hamed. Contudo, as coisas se agravaram

Desde o dia 7 de outubro, com a ação da resistência palestina, que colocou o sionismo de joelhos, expondo seu enfraquecimento, e a reação desmedida e desesperada dele, o paradeiro de Hamed é desconhecido. Os familiares não possuem qualquer comunicação com ele, segundo declarações de sua mãe, que busca notícias com auxílio com o Clube dos Prisioneiros, uma associação que trabalha em prol dos prisioneiros palestinos.

Ficaram sabendo que muitos prisioneiros também foram transferidos, e que familiares relatam que não tem notícias. Alguns dos que tiveram, ficaram sabendo que os prisioneiros morreram, mostrando que a reação desesperada de Israel contra a Faixa de Gaza, também foi desatada contra os prisioneiros palestinos que ela já havia encarcerado anteriormente.

Por onde se olha na imprensa burguesa, mal se houve falar nesse caso e no dos prisioneiros palestinos que estão desaparecendo. Há um silêncio sepulcral. Focam, obviamente, apenas nos israelenses mortos.

De forma que mais essa denúncia contra a ditadura sionista deve ser reverberada pela imprensa independente.

Além do mais, deve-se lembrar que, com o início da operação militar genocida de Israel sobre Gaza, foi realizado um bloqueio total do enclave, impedindo a saída de qualquer pessoa, inúmeros brasileiros ficaram presos lá. O Estado sionista demorou mais de um mês para permitir que os cidadãos brasileiros saíssem de lá, o que só foi conseguido após muito trabalho diplomático e desgaste de Israel no cenário internacional. Importante frisar que durante todo esse tempo, o governo brasileiro capitulou inúmeras vezes perante o imperialismo e o sionismo. E, mesmo assim, Israel queria mais e mais.

Ao fim, foi possível que brasileiros palestinos e muitos de seus familiares saíssem de Gaza e viessem para o Brasil. Contudo, muitos ainda continuam lá. E Hamed continua desaperecido. Caso não tenha sido assassinado pelos sionistas, ainda é um prisioneiro da ditadura israelense.

De forma que se torna cada vez mais necessário que o governo Lula rompa as relações políticas com Israel, e assuma a postura de defesa consequente da Palestina, sem condenar o Hamas como terrorista, e muito menos a ação do dia 7 como terrorismo.

Quanto às organizações de esquerda, em especial os maiores partidos políticos, quais sejam, PT, Psol e PCdoB, precisam romper a própria paralisia, e mobilizar os trabalhadores e o povo brasileiro, para que as manifestações que já ocorrem no país em defesa da Palestina se transformem em mobilizações de massas.

Este é o único caminho que pode ajudar a libertação de Hamed e, é claro, auxiliar o povo palestino a derrotar o sionismo, tanto na Palestina, quanto no restante do mundo, inclusive no Brasil.

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