No último domingo, a atriz Letícia Sabatella publicou um texto no Instagram com o link de uma matéria onde ela “afirma que a maioria dos civis israelenses mortos no ataque do Hamas no dia 7 de outubro foi abatida por soldados de Israel”. Com mais de 1,1 milhão de seguidores, a postagem da atriz se espalhou rapidamente. Sabatella foi duramente atacada por sionistas nas suas redes sociais.
Em vídeo publicado na mesma plataforma nessa segunda-feira (6), a atriz disse não apoiar “nenhum ato terrorista” e que deseja que “parem com esses bombardeios, esses massacres”. Também afirmou que “o cessar-fogo tem que ser geral”. Sabatella afirmou que seu perfil na rede social é um espaço aberto ao diálogo e que procura “sempre buscar a razão” e ainda pediu para que os usuários sigam sua nova página, caso a oficial fique fora do ar.
A Conib (Confederação Israelita do Brasil) notificou a Meta, empresa norte-americana dona do Facebook, Instagram e WhatsApp. Segundo a Conib, Sabatella estaria reproduzindo “fake news” sobre o acontecido durante a operação do Hamas contra o Estado sionista de Israel, Al-Aqsa. “Mensagens como essa de Sabatella são mentiras hediondas, dolorosas e ofensivas, verdadeiros obstáculos para a paz que todos almejamos.” diz trecho da nota.
A matéria que a atriz colocou em sua conta é uma entrevista divulgada pelo sítio de notícias A Intifada Eletrônica com o seguinte título: forças israelenses atiraram em seus próprios civis, diz sobrevivente do kibutz. Originalmente a entrevista teria saído no programa de rádio Haboker Hazeh (“This Morning”) apresentado por Aryeh Golan na emissora estatal Kan. No entanto, por conta de seu conteúdo bombástico, estaria sofrendo censura.
A mulher, de 44 anos, mãe de três filhos, Yasmin Porat, disse que ela e outros civis foram detidos pelos palestinos durante várias horas e tratados “humanamente”. Ela havia fugido da rave “Nova” que acontecia perto do maior campo de concentração a céu aberto do mundo que é a Faixa de Gaza. De acordo com a matéria, Porat, além de dizer que foram bem tratados pelos combatentes do Hamas, como também israelenses foram mortos no contra-ataque das forças israelenses
Ao contrário de como tem sido noticiado pela imprensa ligada ao imperialismo, Yasmin Porat afirma que enquanto esteve sob controle dos combatentes palestinos, em nenhum momento sofreu violência ou algum tipo de abuso. “Eles não abusaram de nós. Eles nos trataram com muita humanidade”. A entrevistadora, Golan, pergunta mais uma vez: “Humanamente?” Porat responde:
“Sim, com isso quero dizer que eles nos protegem. Eles nos dão algo para beber aqui e ali. Quando veem que estamos nervosos, eles nos acalmam. Foi muito assustador, mas ninguém nos tratou com violência. Felizmente nada aconteceu comigo como o que ouvi na mídia.“
Tanto a entrevista mencionada, quanto a perseguição que sofre neste momento a atriz brasileira revela que o imperialismo está a todo custo tentando esconder a realidade dos fatos para justificar o massacre e o genocídio em marcha na Faixa de Gaza pelo Estado nazista de Israel contra a população palestina e seus crimes de guerra, o que inclui quase 5.000 crianças já assassinadas desde o dia 7 de outubro pelas forças armadas israelenses.