Em escalada da guerra criminosa que o imperialismo seus agentes sionistas travam contra o Hamas e o povo palestino, nessa quinta (12), o Estado de Israel bombardeou os dois principais aeroportos sírios, um da capital Damasco e outro na maior cidade do país, Aleppo.
Apesar de Israel atacar a Síria de forma sistemática desde quando o imperialismo tentou dar um golpe de Estado em Bashar al-Assad, dando início a uma guerra civil na Síria, o ataque sionista aos sírios é uma escalada do conflito.
Não é nenhuma coincidência. Síria apoia a luta justa dos palestinos e do Hamas, de forma que gigantescos protestos populares irromperam no país nessa quarta (11):
Na terça, o conflito já havia adquirido novas proporções, com o Hesbolá se juntando à luta pela libertação nacional da Palestina. Vários foguetes foram disparados a posições israelenses. Também ocorreu incursões terrestre a “Israel”, ou seja, nos territórios que os sionistas roubaram dos palestinos. Antes disso, já no sábado, o partido libanês declarou de imediato apoio irrestrito à ação do Hamas, conforme já noticiado por este Diário:
O Hesbolá do Iraque, no mesmo sentido, ameaço atacar bases militares dos EUA, caso esse país imperialista intervenha militarmente a favor de Israel:
No dia 10 (terça), gigantescas manifestações em apoio ao Hamas e à Palestina também foi registrada na Jordânia, cuja parte do território, a Cisjordânia, foi transformado em um gueto onde o sionismo mantém parte dos palestinos:
Manifestações também ocorreram no Egito, na Líbia e no Irã. Este último, o próprio governo declarou apoio ao Hamas, dizendo que a ação do sábado foi um “ponto de virada” na resistência palestina. Para além das manifestações populares, os próprios parlamentares da República Islâmica manifestaram expresso apoio aos palestinos.
Resumindo, em todos os países do Oriente Médio foram registradas amplas manifestações populares em prol da Palestina. Houve países que manifestaram expresso apoio. Os que não fizeram isto, colocaram-se pelo fim do conflito, mas enfatizando em condenar a ação de Israel.
Até mesmo a Arábia Saudita, que durante muito tempo fora, junto de Israel, uma das principais pontas de lança do Estados Unidos contra o nacionalismo árabe, teve de se posicionar contra os ataques de Israel, e recuar em acordo que faria com o país sionista.
Isto mostra o caráter revolucionária da ação desse sábado (7), levada a cabo pelo Hamas, a Jihad Islâmica, a Frente de Libertação Popular da Palestina, e a Frente Democrática pela Libertação da Palestina.
O golpe foi tão duro, demonstrando tamanha fraqueza de Israel e dos EUA, que outros países se sentem mais fortalecidos para fazer avança a luta pela libertação de todo o povo do oriente médio das garras do imperialismo.
De forma que o conflito, cenário mais provável, ainda está longe de terminar. O ataque contra a Síria é sinal de que a escalada continua. E as ações genocidas de Israel e, contraditoriamente sua fraqueza, combinada com a brava resistência dos palestinos e demais combatentes do médio oriente, pode muito bem resultar em uma conflagração de todo o continente.
Uma conflagração no sentido de uma revolução do mundo árabe, com vistas a libertar todo o Oriente Médio das garras do imperialismo.
Caso isto aconteça, resultará em um enorme enfraquecimento do bloco imperialista, representando inúmeros passo em direção ao fim último do imperialismo e de sua ditadura e, por conseguinte, do capitalismo mundial.
Diante disto, é preciso que a insurgência nacionalista e revolucionária do Hamas e do povo palestino contra o sionismo seja apoiada de forma irrestrita por toda a esquerda.