Dando continuidade ao seu genocídio escancarado contra os palestinos e à sua política criminosa de atacar hospitais, “Israel” realizou um ataque contra o complexo hospitalar de Al-Shifa, nesta quarta (15), o maior de Gaza.
Abriga o Hospital Infantil Al-Nasser, o Hospital Especializado Rantisi, o Hospital Oftalmológico e o Hospital Psiquiátrico. Segundo informações de agentes de saúde locais, atualmente há cerca de 650 pacientes no complexo, sendo 22 na UTI e 36 bebês prematuros. Quanto à equipe médica, há cerca de 100 pessoas trabalhando dia e noite para tentar a salvar as vítimas dos sionistas. Cerca de 2 mil palestinos estão abrigados no hospital.
Deve-se frisar que o que ocorreu nessa quarta foi apenas a incursão militar terrestre, por parte das FDI, as forças armadas israelenses. Contudo, o hospital já vinha sido atacado. Afinal, a invasão fora precedida por dias de bombardeios nos arredores. Uma vez jogadas as bombas, as FDI avançaram e cercaram o hospital com tanques.
Ademais, segundo relatos, atiradores também foram posicionados e passaram a disparar contra o complexo hospitalar de Al-Shifa. Uma enfermeira foi morta na UTI pré-natal.
Isto deteriorou ainda mais a situação do hospital, que já estava extremamente grave desde o início do bombardeio e do bloqueio genocida por parte de “Israel”, iniciados em 7 de outubro.
Com as preparações para a invasão do Hospital de Al-Shifa, começou a ocorrer um genocídio em câmera lenta, segundo denunciaram os médicos do hospital. Bebê prematuros começaram a morrer no hospital no dia 12 de novembro, em especial após suas incubadoras terem sido danificadas pelos ataques israelenses e terem perdido capacidade de funcionar.
Aqueles que tentaram sair, relataram ser alvos de tiro pelos nazistas de “Israel”.
No dia 14 de novembro, os funcionários tiveram de cavar uma cova coletiva para enterrar 179 palestinos mortos, pois os nazistas de “Israel” continuavam a cercar o hospital.
E então, a invasão aconteceu nesse dia 15, quarta-feira. Segundo os sionistas/nazistas, a justificativa para ela foi que o Hamas estaria utilizando o hospital como base de suas operações militares.
Mais uma das mentiras da máquina de propaganda sionista! Israel já ultrapassou há muito tempo Joseph Goebbels e o Ministério da Propaganda da Alemanha Nazista, em sua capacidade falsificar a realidade.
O resultado da invasão hospital Al-Shifa?
Dezenas de soldados sionistas já invadiram no hospital, entrando indiscriminadamente em salas de cirurgia. Segundo Munir al-Bursh, o diretor-geral dos hospitais em Gaza, as tropas da FDI vasculharam também os porões de Al-Shifa. Fontes internas disseram que cerca de 30 pessoas foram rendidas e levadas para um dos pátios, despidas, vendadas e interrogadas pelos soldados. Não bastando esse crime, os sionistas explodiram um depósito de medicamentos e equipamentos médicos, mostrando, mais uma vez, o caráter nazista do sionismo e “Israel”.
Conforme noticiado pela rede Al Jazeera, Omar Zaqout, funcionário do pronto-socorro de al-Shifa, disse que os soldados israelenses “detiveram e agrediram brutalmente alguns dos homens que estavam refugiados no hospital”.
“As forças israelenses levaram os homens detidos nus e vendados. [Eles] não trouxeram qualquer ajuda ou suprimentos, apenas trouxeram terror e morte”, disse ele, acrescentando que o exército cercou todos os edifícios do complexo hospitalar.
Ainda, foi relatado que os soldados israelenses dispararam munição pesada dentro do hospital, mesmo sem quaisquer confrontos, o que causou estado de pânico e medo entre os pacientes. Trata-se de mais outro crime de guerra cometido por Israel.
O sionismo já ultrapassou o nazismo em seu caráter genocida, criminoso.
Mas os oprimidos, os que apoiam o povo palestino, não podem se intimidar com a crueldade dos sionistas. Essa violência abjeta é um sinal de fraqueza. Israel toma medidas desesperadas por saber que a resistência palestina (liderada pelo Hamas) assestou-lhe um profundo golpe no dia 7 de outubro. E sabe que não está conseguindo derrotar essa resistência, que conta com apoio de enorme mobilização popular, mundialmente.
É tarefa de todas as organizações populares continuarem impulsionando as mobilizações, para que se intensifiquem, até o fim de Israel, do sionismo e dos genocídios contra a Palestina.