No dia 17 de abril completaram-se 27 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás/PA. O massacre marcou a ferro a luta pela terra noBrasil e desde então, no mês de abril, se realizam jornadas de luta pela terra, com ocupações de latifúndios, sedes do INCRA e monopólios agroindustriais.
As ações do MST vêm causando pânico nos latifundiários e seus representantes, que com sua histeria infunde um clima de terror por meio de sua imprensa, visando com isso criminalizar a luta dos movimentos que atuam na luta pela terra, como o MST e a FNL.
A CNA (Confederação Nacional da Agricultura), entidade patronal que reúne os latifundiários, chegou a impetrar no STF uma ação judicial para proibir as ocupações de terra, exigindo a responsabilização civil e criminal das suas lideranças; já a Frente Parlamentar da Agricultura exigiu a prisão do dirigente do MST, João Pedro Stédile. O dirigente dos sem-terra terá, se assim entender a ditadura do STF, o mesmo destino do companheiro Zé Rainha, mais um preso político da luta pela terra.
Nessa ofensiva do latifúndio, o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (União Brasil), chegou a pregar o armamento dos latifundiários para se defenderem dos sem-terra. Isso no momento em que as ocupações são realizadas em diversas regiões do país, com latifúndios ocupados em Pernambuco, Espírito Santo e sedes do INCRA em vários estados.
Uma situação que evidencia a necessidade de formar comitês de autodefesa dos sem-terra e lutar pelo direito ao armamento para todos os trabalhadores.
Os trabalhadores da cidade e do campo devem apoiar ativamente a luta dos sem-terra e sua mobilização. É preciso levantar o Brasil pelo fim do latifúndio e por terra para quem nela more e trabalhe. Pela imediata distribuição de terras e garantia de financiamento da produção para os pequenos produtores rurais.
No 1º de Maio, por exemplo, é preciso promover no Ato Nacional convocada para São Paulo e em todo o País uma ampla mobilização em defesa das ocupações de terra e pela libertação dos dirigentes dos sem-terra, como o companheiros José Rainha, da FNL, e outros presos políticos do regime golpista que não acabou com a vitória de Lula nas eleições.