Segundo informações da emissora Telesur, o FBI, agência secreta federal dos Estados Unidos, está investigando o destino de um repasse milionário aprovado pela Casa Branca utilizando o pretexto de “ajuda humanitária” para o “governo” golpista do presidente autoproclamado da Venezuela, Juan Guaidó.
A rede de televisão com sede venezuelana ainda afirma que, segundo repórteres, agentes do FBI visitaram a sede do canal EVTV Miami, dirigido pelo empresário Carlos Méndez. Na ocasião, o interrogaram sobre o desvio para utilização em seu veículo de comunicação de parte do dinheiro enviado pelos norte-americanos.
Ainda segundo fontes não reveladas pela emissora latino-americana, a agência de espionagem imperialista suspeita que grande parte da “ajuda humanitária” supostamente dirigida à Venezuela foi utilizada para financiar o EVTV Miami, canal que foi utilizado por Guaidó para tentar substituir a Telesur.
Além disto, um porta-voz do partido Democrata declarou que Méndez estaria envolvido em um desvio de fundos cedidos durante o governo do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. A quantia do aporte seria de mais de dois bilhões de dólares, além do que foi fornecido pelo governo do atual presidente dos EUA, Joe Biden.
O porta-voz em questão também afirma que Méndez não é a única pessoa ligada a Guaidó implicada no referido esquema de corrupção. Carlos Vecchio, embaixador de Guaidó nos Estados Unidos, e Yon Goicochea, que foi quem administrou o dinheiro recebido durante o governo Biden, também estariam envolvidos.
Como era de se esperar, Guaidó negou as acusações. O golpista se esconde detrás de uma “investigação” da agência Cazadores de Fake News, autointitulada “organização anti-desinformação venezuelana”, que teria “provado” que o FBI nunca visitou Méndez. A fonte da agência, todavia, é o próprio Méndez, que negou que foi interrogado pelo FBI e que está sendo investigado. Uma “prova” que não tem valor algum.
Guaidó esteve envolvido em outra polêmica nos últimos dias. Circulou, nas redes sociais, uma foto que mostra o golpista venezuelano saindo de uma partida de tênis em Miami (Flórida), nos Estados Unidos. A Internet utilizou a imagem para demonstrar como ele foi recompensado pelo imperialismo após tentar derrubar o governo Maduro, vivendo uma vida tranquila no exterior.
Mais uma vez, o golpista afirmou que se trata de uma campanha feita pelo chavismo para desmoralizar a oposição nas vésperas das eleições venezuelanas. Ele, todavia, não desmentiu a foto, repercutindo a “defesa” que um de seus apoiadores fez ao explicar que quadras de tênis são comuns em Miami.
O escândalo envolvendo Guaidó lembra o que ocorreu no Brasil durante o processo golpista que culminou no impeachment de Dilma e na prisão do presidente Lula. Depois das condenações levadas a cabo pela operação Lava Jato, foi revelado que Dallagnol e seus capachos tentaram utilizar o aparato lavajatista para roubar o dinheiro que foi confiscado da Petrobrás e de outras estatais brasileiras.
Como foi visto acima, no caso do golpista venezuelano aconteceu algo similar: ele teria embolsado o dinheiro que o imperialismo destinou para seu governo de fachada, se enriquecendo ao mesmo tempo em que defendia os interesses imperialistas na Venezuela.
A investigação do FBI, nesse sentido, mostra que Guaidó e sua gangue já são um bando falido, que ele não possui mais qualquer valor para o que o imperialismo pretende fazer contra o governo legítimo de Nicolás Maduro. Algo similar com o que aconteceu com Dallagnol, que teve seu cargo como deputado federal cassado em maio deste ano; e com a Lava Jato profundamente desmoralizada, desde que foi revelado pela “Vaza Jato” que era uma operação orquestrada pelos Estados Unidos para acabar, de maneira arbitrária, com o PT e concretizar o golpe no País.