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Lobby sionista

Indústria do Holocausto, farsa para encobrir os crimes de Israel

Para encobrir os crimes hediondos de Israel contra o povo palestino, o imperialismo precisa de uma máquina de propaganda tão grande quanto o aparato estatal de massacre israelense

Para encobrir os crimes hediondos de Israel contra o povo palestino, o imperialismo precisa de uma máquina de propaganda tão grande quanto o aparato estatal de massacre israelense. Nesse sentido, o lobby mais poderoso do mundo é, justamente, o lobby sionista. Trata-se de um grupo de pessoas e empresas que praticamente controlam o mundo, como é o caso do AIPAC, o comitê de relações-públicas entre Israel e EUA, um dos principais financiadores das campanhas de Trump e de Biden.

Por meio desses lobbies poderosíssimos, o imperialismo controla a grande imprensa para que os culpados pela chacina que ocorre na Palestina sejam os próprios palestinos, e não os nazistas israelenses. Para fazer isso, por exemplo, escondem bombardeios e ataques de Israel contra a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, destacando a reação mais do que justa do Hamas e de outros grupos como sendo algo profundamente maléfico, como algo “terrorista”.

Além disso, esse lobby rapidamente se mobiliza, seja por meio da imprensa, seja por meio de uma intervenção mais direta dentro de outros países, como por meio do Judiciário; para silenciar todos aqueles que ousarem denunciar os crimes pérfidos de Israel ou que, simplesmente, falarem algo que os desagrada.

Em 2022, por exemplo, o apresentador Monark foi intensamente atacado por representantes desse lobby por ter defendido o direito mais do que constitucional de que qualquer grupo tem o direito de criar um partido político no Brasil, mesmo que esse grupo seja nazista. Monark foi expulso de seu programa e amplamente “cancelado”, teve sua reputação arrasada porque estava defendendo um direito democrático defendido, inclusive, por Lênin e Trótski em diversas ocasiões ao longo da história.

Agora, com o acirramento da luta entre o povo palestino e a ditadura nazista de Israel por meio do ataque revolucionário do Hamas do dia 07 de outubro, esse lobby está a todo vapor: toda e qualquer crítica contra as ações nazistas de Israel são taxadas de antissemitismo. Em outras palavras, as denúncias que deixam claro como o Estado israelense é uma das ditaduras mais sanguinolentas da história do mundo são reduzidas a uma questão de raça.

“Aqueles que denunciam são racistas, as denúncias são racistas, Israel não faz nada de errado, é um país pobre coitado!”, dizem os sionistas. Trata-se de uma estratégia que já foi utilizada amplamente ao longo da história, é a chamada Indústria do Holocausto, termo cunhado pelo judeu norte-americano Norman Finkelstein, que escreveu um livro sobre o assunto já em 2001.

A ideia é que a matança de Hitler contra os judeus a mais de oito décadas atrás justificaria o massacre e o roubo que Israel faz contra os árabes desde antes de sua criação. Essa manobra foi, inclusive, muito utilizada na propaganda do imperialismo na própria fundação do Estado israelense, como se o mundo tivesse uma “dívida histórica” com os judeus por conta daquilo que Hitler fez.

A estratégia do imperialismo para seguir utilizado o Estado de Israel como sua ferramente de dominação é justamente esconder o caráter político da questão e transformá-la em uma questão de antissemitismo. A atrocidade acontecida há 80 anos seria a justificativa absoluta para qualquer política aplicada por Israel nos dias de hoje, e todos aqueles que criticam essa política não estão dando argumentos reais, mas, na verdade, são antissemitas velados. Essa é a teoria absurda utilizada para contornar as críticas à política monstruosa de Israel.

Em sua obra, Finkelstein argumenta que foi só na Guerra Árabe-Israelense de 1967, quando a força evidente de Israel alinhou o “país” com a política externa dos EUA, que a memória do Holocausto começou a adquirir a proeminência excepcional que tem hoje.

Mas devemos lembrar o seguinte: o holocausto de Hitler foi financiado pelo imperialismo, e o lobby sionista teve uma participação muito importante nisso, como é o caso da família Rothschild. Mas agora, quem está pagando pelo que Hitler fez, conforme o raciocínio dessa ideologia, são os árabes, e não o imperialismo. Uma demonstração direta do golpe que é a tal “dívida histórica”.

Finalmente, não há nenhuma questão étnica, religiosa ou moral na matança do povo palestino pelos israelenses. O que há de fato é um interesse político e econômico. Bilhões de barris de petróleo cercam o Estado de Israel e são fundamentais para os monopólios imperialistas. Por esse petróleo, dezenas de guerras foram travadas, milhões foram mortos, países inteiros destruídos. É daí que vem o interesse em manter a propaganda de que os israelenses são os “mocinhos” da história e, portanto, manter a força da chamada Indústria do Holocausto.

Essa estratégia de acusar todos que repudiam as atrocidades de Israel de antissemitas se assemelha em muito a estratégia dos identitários de acusar seus rivais políticos de racistas, machistas e homofóbicos. É exatamente a mesma tática: para não bater de frente politicamente, se levanta um falso argumento moral baseado em um sofrimento do passado para atropelar os argumentos políticos.

Infelizmente – para os sionistas -, esse tipo de propaganda se torna mais ineficiente à medida que a situação política se polariza. Com a ação de libertação por parte do Hamas, a propaganda da imprensa perde muita força, já não sensibiliza tanto as pessoas porque estas estão impactadas com as imagens de destruição que vêm de Gaza.

Finalmente, o ponto é que as décadas de opressão do Estado nazista e Israel contra o povo palestino são amplamente conhecidas. Principalmente no Oriente Médio, é difícil achar alguém que está do lado de Israel, para não dizer impossível. É apenas um grupo seleto de pessoas, principalmente de classe média e/ou ligadas ao lobby sionista, que possuem interesses próprios em defender o genocídio feito por Israel.

Nesse sentido, o povo entende atacar Israel não é um posicionamento antissemita como defende a Indústria do Holocausto. Mas sim, um posicionamento antissionista, contra a verdadeira máquina de matança que é o Estado de Israel.

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