Em meio à pressão nojenta impulsionada pelo imperialismo para que o mundo não comemore a realização heroica e histórica do Hamas, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vem sendo atacado pela imprensa golpista por não criticar o partido palestino. Do ultra-golpista O Globo aos órgãos bolsonaristas como Gazeta do Povo e a rede Jovem Pan – supostamente opositores do “globalismo”, como chamam o imperialismo -, os abutres da direita se unificaram para pressionar o petista a fazer coro à propaganda para tolos difundida pela ditadura global, de que o Hamas é uma organização “terrorista” e deve ser condenada.
Para sermos justos aos fatos, Lula até condenou o “terrorismo” do Hamas, em um de suas declarações mais lamentáveis sobre política internacional. No entanto, ao que parece, a “condenação” de Lula seria mero jogo de cena, assim como condenou a invasão russa da Ucrânia. Seria uma forma de parecer “democrático” aos olhos da ONU, ainda que defenda os interesses russos na questão da Ucrânia e que defenda os interesses palestinos na questão de Israel.
Após uma declaração condenável publicada no último dia 7 – data que marca a ofensiva palestina contra a ditadura israelense -, Lula evitou tocar no tema, voltando a se pronunciar no X para prestar condolências às famílias dos brasileiros mortos no começo da ofensiva. Por pressão da direita, porém, a rede social arbitrariamente acrescentou à publicação de Lula uma nota com a seguinte mensagem: “Ranani Glazer foi assassinado pelo grupo terrorista Hamas.” Segundo o X, “contexto adicional é necessário pois a publicação oficial não deixa claro quem foi o responsável pela morte e isso deixa margens para dúvidas.”
Outrora chamado de “homem mais popular do planeta” devido à sua influência junto à classe trabalhadora mundial, Lula prestaria um imenso serviço aos oprimidos de todo o mundo colocando-se abertamente ao lado dos militantes do Hamas e do povo palestino em geral. Dadas as condições gerais da política interna, a resistência do presidente às pressões para apoiar o regime nazista de Israel acabam sendo positiva, ainda que de uma maneira muito modesta.
Os golpistas que tanto pressionam por uma condenação do Hamas, o fazem primeiro por ordem das potências imperialistas, que têm interesses diretos na questão, dada a importância de Israel para o regime de terror contra os povos do Oriente Médio.
Além disso, há também o interesse na situação interna do País, já que a direita não quer ver o povo brasileiro demonstrando a mesa determinação em enfrentar seus opressores, como fizeram os palestinos. Na Palestina, no Brasil e em todo o planeta, os povos oprimidos pelo imperialismo podem e devem se radicalizar para por um fim à opressão de que são vítimas.