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Imperialismo

Imprensa lambe-botas dos EUA critica aproximação de Lula e China

Aproximação de Lula com a China incomoda os lacaios do imperialismo

No último domingo (24), foi publicada uma matéria pelo jornal burguês O Globo, escancarando a preocupação de setores pró-imperialistas da política de aproximação do Brasil com a China. Segundo o aparelho tradicional de comunicação, “O acordo do PT com o Partido Comunista Chinês é um passo perigoso do partido do governo na direção do questionamento da democracia como valor universal para o Ocidente”, citando de forma crítica a famosa frase do atual presidente brasileiro, “O conceito de democracia é relativo”.

O  artigo se estende criticando modelos “autoritários”, como o governo venezuelano, o comparando, de forma hipócrita, com a ditadura militar brasileira. Porém, é evidente que o conceito de “democracia” tão comentado pelos políticos da burguesia e seus representantes na imprensa é, em resumo, um governo que adota o sistema político norte-americano e europeu, que na verdade é uma verdadeira ditadura, encabeçado pelo setor mais avançado da burguesia. Excluindo a ideologia, que serve apenas para encobrir o caráter nefasto do verdadeiro objetivo, o objetivo é criticar o fato dos países oprimidos estarem mudando para órbita dos BRICS, principalmente com a Rússia e com a China, rompendo a política pró-EUA, buscando alternativas para o autodesenvolvimento. A verdadeira preocupação gira em torno da procura de Lula por uma independência econômica, procurando se apoiar na ideia que os reformistas-idealistas chamam de “Mundo Multipolar”, que na verdade é uma polarização, uma luta de classes entre os países espoliados contra os países espoliadores, uma ruptura internacional dos países de capitalismo atrasado com os países detentores do grande capital, que desde Bretton Woods (ordem internacional financeira e política que se impôs após o término da Segunda Guerra Mundial) responsável pela dominação do imperialismo sobre o restante do globo.

O governo Lula está aplicando uma política “terceiro-mundista”, como fica claro em seu último discurso na Assembleia da ONU. Essa política gera uma preocupação nos setores “nacionais” – se é que podemos dar direito de pátria aos homens que trabalham contra o próprio país – vinculados à política estadunidense, expresso no seguinte trecho:

“As bases de uma nova governança econômica não foram lançadas. O BRICS surgiu na esteira desse imobilismo e constitui uma plataforma estratégica para promover a cooperação entre países emergentes.” – Lula

A política anti-imperialista do atual governo tem atacado a dominação do dólar, buscando alternativas, no chamado processo da desdolarização. Por exemplo, o acordo comercial Brasil-China, em que o presidente mais popular da história do Brasil busca realizar acordos de importação e exportação com os aliados comerciais sem a utilização da moeda norte-americana. Outra pauta que ameaça os interesses imperialistas é o investimento chinês no país, política criticada de forma infantil pela própria esquerda, que caracteriza erradamente a China como um país “imperialista”, fazendo o próprio Lenin, autor do conceito no sentido marxista, revirar no próprio túmulo. Sua viagem histórica à China, realizada em abril, oficializou uma verdadeira aliança anti-imperialista e, como resultado, trouxe o investimento de R$ 50 bilhões de reais para o Brasil. O imperialismo não consegue viver com a concorrência, apenas os mercados europeus e, principalmente, norte-americanos podem deter o monopólio do país, estes que não investem sequer um centavo no desenvolvimento nacional, utilizando suas indústrias para sugar toda a riqueza natural do Brasil, além de corromper os políticos nacionais para atingirem os objetivos do império.

A aproximação de Lula com os chineses deve ser apoiada pela esquerda, pois constitui uma aliança envolvendo outros países que são sufocados pelo imperialismo mundial, como a Venezuela, Cuba, Nicarágua e, agora, recém implementados aos BRICS: a Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Irã e Etiópia. A política de rebelião destes países pode inaugurar uma situação pré-revolucionária, e Lula pode encabeçar esse movimento na América Latina.

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