A Imprensa golpista já começou a sua tradicional campanha contra o carnaval de rua. Dessa vez usando como artimanha o discurso de alguns pequeno burgueses que odeiam toda e qualquer manifestação popular.
Matéria da imprensa burguesa dá voz a alguns moradores de bairros da zona oeste como a Vila Madalena e Pinheiros, que hoje são redutos de classe média alta, para tentar alavancar a campanha de que o carnaval é um estorvo para os moradores desses bairros que são tradicionalmente redutos da folia de rua.
O carnaval de rua da cidade de São Paulo que hoje é o maior do país por muito tempo foi praticamente proibido de acontecer, blocos tradicionais como Ilú Obá de Min eram obrigados a se licenciar como evento para poderem desfilar.
A virada dessa situação aconteceu em 2014 com a assinatura do chamado “Manifesto Carnavalista” em que estavam envolvidos justamente blocos oriundos da zona oeste como o “Vai quem quer” da Vila Madalena e o “Diá Piratininga” do bairro de Pinheiros.
A matéria do UOL faz questão de pontuar as falas dos moradores que justamente fazem menção ao período em que o carnaval passou a fazer parte do calendário oficial da capital paulistana, “Quando vim morar aqui, não tinha nada disso. Foi mais ou menos da Copa de 2014 para cá. Agora eu assisto de camarote”, completa. Da própria janela, ela afirma já ter visto de tudo: pessoas fazendo xixi, “quase transando na rua” e vendendo droga…”Disse uma das entrevistadas.
Sobre o período pós Manifesto Carnavalista, a diretora de eventos e projetos da Secretaria Municipal de Cultura da prefeitura de São Paulo na época da redemocratização do carnaval, Karen Cunha, diz: “O movimento começou um pouco na Vila Madalena e foi se expandindo principalmente pelo centro”.
O carnaval de rua da zona oeste de São Paulo já é uma tradição, pequenos burgueses incomodados com o barulho são apenas uma circunstância menor que só ganha voz porque a burguesia não quer, nem mesmo no carnaval, ver o povo na rua.