Na última quinta-feira (12), o escrete nacional entrou em campo contra a seleção venezuelana. Apesar de manter a superioridade no jogo inteiro, com a incrível posse de bola de 71%, traço “dinizista”, a seleção canarinha não foi feliz. A seleção brasileira estava vencendo o jogo até 85′ com gol do zagueiro Gabriel Magalhães, que fez um excelente jogo, porém foi surpreendida com um gol de bicicleta de Eduard Bello.
Ao perder, a seleção atiçou os verdadeiros abutres, a imprensa venal brasileira. Na figura de Walter Casagrande, ponta de lança dos interesses que jogam contra o futebol brasileiro, Diniz e Neymar foram excessivamente criticados. Mesmo Fernando Diniz levando o Fluminense a final da Libertadores com sua tática revolucionária, o técnico brasileiro não escapou das críticas e, como estamos acostumados, a recorrente crítica ao melhor jogador nacional do século XXI, que com a última assistência se transformou no maior garçom da história das seleções. Segundo Casagrande, Neymar não tem “inteligência futebolística”
“Todos os jogadores que mudaram ao passar do tempo tinham inteligência futebolística. Ele sabe jogar futebol, é diferente de entender o jogo. O cara quando tem inteligência tática, futebolística, ele percebe o que tem que fazer. Percebe qual a deficiência por causa da idade e muda de posição porque ele se conhece, ele entende o jogo. O Cristiano Ronaldo fez isso brilhantemente. O Muller talvez tenha sido aquele que fez mais brilhantemente isso” — Afirmou o colunista.
Com a estapafúrdia declaração, fica a pergunta, qual esporte “Casão” está assistindo? A mudança de Neymar como armador, não seria a tal mudança esperada de um jogador que perde o arranque, a velocidade e envelhece? Os passes extraordinários que Neymar dá aos companheiros de equipe não seria a adaptação ideal? Pelo que diz nosso ilustre colunista, NÃO!, como se não fosse suficiente, Walter Casagrande crítica a condição física do jogador mais genial após Pelé:
“O Neymar não tem inteligência futebolística. Ele nem quis aprender, nem quis aprender tática. Ele sempre confiou na grande habilidade e técnica que ele teve. Ele sempre confiou que ele ia pegar a bola, partir pra cima de três, quatro caras e ia driblar. Sempre teve essa certeza, só que, não só a idade, como a falta de treinamento que ele tem… Ele está fora de forma. Não estou dizendo que está gordo, fora de forma quer dizer que está sem força, não consegue correr, perde dividida, não consegue jogar 90 minutos. A cabeça pensa, mas o corpo não faz mais” — Esse disparate evidencia, que a utilização de drogas gera sequelas. Quem assistiu ao jogo, mesmo com o empate, se maravilhou com canetas distribuídas, um chapéu pornográfico dado no adversário e jogadas excepcionais de um jogador excepcional. Na tentativa de invalidar Neymar, os inimigos do futebol brasileiros jogam fora a noção de realidade. Quanto ao físico de Neymar, é questão de tempo. Afinal, qual jogador que ao ficar fora de uma temporada inteira volta em forma? Fica evidente que a falta de inteligência é do nosso amigo colunista.
“Seleção andou para trás com Fernando Diniz”, esse foi o comentário de outro ilustre capacho da “grande” imprensa, José Trajano. A principal crítica é evidente, a confiança de Diniz ao Neymar, ou seja, aos nossos jornalistas esportivos falta a tal “inteligência futebolística”, finalmente, qual técnico no mundo deixaria Neymar no banco? A loucura dos nossos profissionais não é por acaso, apenas demonstra que existe uma ampla campanha direcionada a destruir o futebol arte, o futebol brasileiro. Nesse sentido, é preciso denunciar a tentativa de destruir o esporte mais amado e praticado do mundo.