Nessa terça-feira (8), Rui Costa Pimenta fez o programa “Análise da Terça”, no canal da Rádio Causa Operária, sobre os principais temas da semana.
O presidente do PCO iniciou a exposição comentando sobre o principal assunto da semana; a visita de Victoria Nuland, Subsecretária de Estado para Assuntos Políticos dos Estados Unidos, ao Níger. “É uma ingerência do imperialismo na situação interna política do Níger, uma coisa bastante previsível, mas, o que chama atenção é que essa ação do governo norte-americano, particularmente de uma pessoa como Victoria Nuland, revela que nós estamos diante de uma crise de grandes proporções, não é uma ‘crisezinha’ de um país isolado na África. Conhecendo a diplomacia norte-americana, ela foi lá para ameaçar a junta militar que assumiu o poder com a ‘ira de Deus’” . Rui continua seu comentário alertando que estamos diante de uma crise irreversível de proporções internacionais: “Nós podemos estar diante de uma guerra internacional, envolvendo aí 10, talvez 15 países africanos ou mais, ou a maioria dos países africanos, dependendo de como a coisa vai se desenvolver, China, Rússia, Estados Unidos, França e com certeza a Inglaterra e o Reino Unido estará envolvido também” , concluiu.
Ainda sobre o caso do Níger, comentou que não se deve dar atenção ao “formalismo jurídico”. A Nigéria, por exemplo, tem um governo mais antidemocrático do que a junta militar que assumiu o poder no Níger. Pois, este último, tem um apoio popular enorme, pelo menos na região urbana. Já o presidente “democraticamente” eleito na Nigéria não teria apoio popular e, que essas “democracias” são apoiadas pelos governos norte-americanos e europeus para atender seus respectivos fins, “Não podemos, aqui, a determinadas formalidades, o governo anterior foi eleito, mas eleição a gente sabe como é, ainda mais em países atrasados, que não tem uma estrutura política sólida. Se nos EUA a eleição já é uma coisa totalmente manipulada, imagina no Níger. Não dá para dizer que o governo que foi eleito é mais legítimo do que o outro. O critério que a gente vai ter é a política do governo e o apoio popular que ele tem, vamos adotar um critério social e não formalmente político. Por exemplo, o governo da Nigéria é um governo eleito, mas eleito em quais condições? Na última eleição na Nigéria houve muita crise, o presidente da Nigéria é acusado de ser um homem envolvido com tráficos de drogas nos EUA, por aí a gente pode ver”.
Ao ser questionado sobre a questão do “muro” com o Nordeste de Zema, Rui Costa Pimenta responde que é uma jogada de marketing e que a burguesia nacional não tem interesse em dividir o país, que esse interesse seria do imperialismo, por isso a insatisfação da imprensa nacional. “Você vê que o Zema, ele mesmo, veio a público e falou que não é para dividir outras regiões e tal, suavizou um pouco a colocação, que, eu acho absurdo e acho uma política de antemão, fracassada se ele colocar o problema da divisão do país. Na minha opinião ele não vai seguir por esse rumo, foi mais uma questão, como é que se diz, uma jogada publicitária”.
Outro assunto discutido no programa foi a questão da relação do Flávio Dino e Silvio Almeida com as chacinas ocorridas ao redor do país.
“O pessoal acha que, a fantasia do momento é que o Flávio Dino e o Silvio Almeida são os grandes defensores da democracia no Brasil, “derrotaram o fascsimo”, “impediram o ‘golpe’ no 8 de janeiro”, embora não tenham feito absolutamente nada, perseguem aí uns pobres coitados. É o folclore do PT no momento, o PT é um partido cheio de posições folclóricas.”
Outros assuntos foram abordados pelos companheiros Francisco Weiss, Rui Costa Pimenta e João Pimenta. Para acompanhar a discussão no detalhe, acesse a análise completa, o único programa que discute seriamente e com uma perspectiva marxista e científica os principais problemas da atualidade: