O final de semana foi marcado por momentos de suspense sobre o desenvolvimento dos conflitos entre o Estado sionista de Israel e a população palestina. Após a ofensiva de Israel e o anunciou que estaria sendo preparado um verdadeiro genocídio contra o povo palestino, o governo de Israel deu o prazo de 24h para mais de um milhão de habitantes saírem da região de Gaza, um verdadeiro crime contra a humanidade.
A repercussão desta ação criminosa ganhou destaque mundial. O genocídio em marcha contra os palestinos provocou uma crise internacional e obrigou a própria imprensa burguesa ligada ao imperialismo mudar o tom na cobertura do conflito.
Israel anunciou que iria invadir por terra a Faixa de Gaza ainda no final de semana, no entanto, os dias se passaram e a ação militar contra o povo palestino se manteve paralisada. As fontes oficiais do governo de Israel informaram que as forças armadas se contiveram devido às chuvas na região, um pretexto um tanto quanto absurdo para se parar uma invasão por terra.
No entanto, o simples fato dele existe demonstra a enorme insegurança que Israel e sobretudo o imperialismo possui nos resultados que uma invasão por terra poderia causar na crise mundial.
As fortes denúncias vindas do governo chinês contra Israel, as posições duras do Irã em defesa dos palestinos e a crise que se espalha em diversos países imperialistas, sobretudo na Europa, mostraram que uma ação por terra de características extremamente criminosas poderia fazer explodir um conflito de larga escala.
A imprensa imperialista começou a admitir que esta ação pode ser arriscada de mais neste momento, e que Israel não possui garantia nenhuma que sairá vitorioso deste conflito.
Admite-se já por parte do imperialismo que ninguém de fato sabe o real poder militar que o Hamas possuí dentro da Faixa de Gaza. Ao que tudo indica, a organização do grupo de resistência palestino aumentou consideravelmente na última década, e que além dos túneis muito bem elaborados por toda região, o Hamas pode guardar outras surpresas para o exército de Israel caso o mesmo desejo entrar em território palestino.
Além disso, as recentes ações do Hezbollah, em claro apoio a ação organizada pelo Hamas na semana anterior, mostram que uma ação de Israel poderá impulsionar de formas imprescindíveis uma grande revolta de tipo militar em toda a região, sendo que o Hezbollah, que possuí sede no Líbano, país vizinho, possuí um aparato militar muitas vezes superior ao Hamas.
Antes o que era certo, agora é tratado como “possível ação militar” por parte de Israel. O fato, já demonstrado na preocupação do presidente dos Estados Unidos, o principal país imperialista em apoio a Israel, que visitará o local ainda durante a semana, mostra que a crise é muito mais complexa do que pode parecer a primeira vista.
Fontes do governo norte-americano indicam que Biden teria pedido para o governo de Israel suspender a ação por terra com receio de uma generalização total do conflito militar. Além disso, o aumento da insatisfação interna entre setores da população em Israel deixam claro a fragilidade do governo de Netanyahu, que enfrente uma crise cada vez maior.
Um aprofundamento desta guerra poderia facilmente levar a um colapso do seu próprio governo, o que seria um desastre para o imperialismo na região.
Independente de como se desenvolva, o caso revela uma importante vitória do Hamas e de todo povo palestino contra o imperialismo e o criminoso Estado de Israel.