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EUA e Israel

Imperialismo pede massacre ‘humanitário’ na Faixa de Gaza

Em passagem pelo Oriente-Médio, Anthony Blinken reitera apoio a "Israel", mas o condiciona ao respeito às leis internacionais.

O secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, reuniu-se com o Isaac Herzog, o presidente de Israel, nesta quinta-feira (30), reiterando seu apoio ao Estado sionista, mas, ao mesmo tempo, expressando ressalva em relação ao nível do genocídio que o governo Netanyahu vem realizando desde o dia 7 de outubro. Segundo noticia a rede catariana Al Jazeera, apesar de Blinken ter dito a Herzog que “Washington continua empenhado em apoiar o direito de Israel à autodefesa”, ele também fez questão de frisar os apelas para que Israel “cumpra o direito internacional e proteja os civis caso inicie grandes operações militares no sul de Gaza”.

A reunião com o presidente israelense seguiu o mesmo tom que o secretário de Estado teve com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, na qual disse que o apoio a Israel está condicionado ao “cumprimento do direito humanitário internacional”, ocasião em que teria exortado o chefe de Estado israelense a “tomar todas as medidas possíveis para evitar danos aos civis”, segundo informações repassadas pelo Departamento de Estado dos EUA.

Blinken também voltou a condenar a violência das milícias fascistas do sionismo na Cisjordânia, os tais “colonos”, que intensificaram seus ataques aos palestinos e às sua moradias após o dia 7 de outubro. Tais milicianos já assassinaram mais de 200 pessoas, inclusive uma mulher gravida, que morta com dezenas de facadas nesta semana por um “colono” sionista, em plena luz do dia.

Em sua nova declaração, o secretário de Estado disse “pediu medidas imediatas para responsabilizar os colonos extremistas pela violência contra os palestinos na Cisjordânia”. Nesse sentido, recebeu promessas do governo de Israel que providências seriam tomadas. Em vão, pois nenhum compromisso nesse sentido foi divulgado pelo gabinete de Netanyahu, em nota pública referente à mais recente reunião que o primeiro-ministro teve com Anthony Blinken.

Trata-se de uma situação complicada para o imperialismo norte-americano. Neste giro do secretário de Estado dos EUA pela região, Blinken também esteve com a capituladora Autoridade Palestina, cujo presidente é Mahmoud Abbas. Conforme informações do Departamento de Estado norte americano, na reunião com Abbas, Blinken condenou a violência das milícias sionistas e disse que “que continuaria a insistir na total responsabilização dos responsáveis”, e que os Estados Unidos “continua empenhado em avançar com medidas tangíveis para um Estado palestiniano”.

No mesmo sentido dessa movimentação do imperialismo norte-americano, nessa segunda (27), Josep Borrell, o chefe da diplomacia da União Europeia, recebeu bem a trégua firmada entre “Israel” e resistência palestina, mas fez questão de frisar que não é suficiente, que é necessário às partes irem mais além, no sentido de uma resolução do conflito, o qual só poderá ser resolvido através da solução de dois Estados, um deles palestino: “não haverá paz ou segurança para Israel sem um Estado palestino”, afirmou.

O que se tem, então, é que uma profunda crise do sionismo e do imperialismo, e a tentativa deste último, em especial dos EUA, em resolver a crise sem perder seu controle sobre o Oriente Médio.

A ação da resistência palestina no dia 7 de outubro, liderada pelo Hamas, expôs aos olhos de todos os oprimidos do mundo a debilidade de Israel e do bloco imperialista. Em desespero, o Estado sionista reagiu promovendo um genocídio contra a Palestina, em especial na Faixa de Gaza. O genocídio, por sua vez, impulsionou mobilizações de massas em todo o mundo em prol do povo palestino e de sua luta pela libertação, de forma que a ação do Hamas desmascarou a desmascarar Israel, como a verdadeira ditadura fascista e estado de apartheid que é.

Quanto mais o genocídio prossegue, mais a crise em Israel cresce, e mais o imperialismo perde o controle sobre a região. Caso essa perda venha a se consumar, será uma das maiores derrotas da história dos Estados Unidos e do imperialismo Europeu. Daí a corrida de Blinken para que Israel seja mais “humanitária” em seu massacre dos palestinos.

Contudo, o governo Netanyahu, que já é fascista, tem que lidar com um setor ainda mais fascista dentro da política israelense, que deseja varrer absolutamente todos os palestinos do mapa, setor este que impulsiona o genocídio total, sem meias medidas, sem massacre “humanitário”. Nisto, aprofunda-se a crise do imperialismo, e também de Israel.

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