Nesta segunda-feira (07/08), terá início a reunião da Cúpula da Amazônia em Belém, no estado do Pará, com os chefes de Estado dos oito países integrantes da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA): Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.
O grande destaque dessa reunião está sendo a pressão do imperialismo para que não haja nenhuma obra de desenvolvimento e exploração das riquezas da Amazônia, não somente brasileira, mas de todos os países que compõem essa enorme e rica região.
Cientistas e organizações não governamentais financiadas com dinheiro dos países imperialistas e de grandes monopólios internacionais, como governos da Noruega, França, Alemanha, Inglaterra, EUA, Fundação Ford, Open Society e muitas outras fundações privadas, lançaram uma campanha contra a exploração do petróleo na Amazônia e até mesmo no mar profundo na costa da região Norte do Brasil.
Foi lançada a campanha suja e sorrateira com o seguinte slogan: “Amazônia Livre de Petróleo e Gás” e “Amazônia é o futuro, fóssil é o passado”. A campanha vai ainda mais longe, com “cientistas” afirmando que é necessário impedir novas áreas exploradas com uma moratória nas liberações até de supostos cientistas, que pedem para que a exploração seja reduzida progressivamente.
Cientistas ligados as ONGs chegam a afirmar que “73% das reservas de petróleo e 67% das reservas de gás da América do Sul e Central devem ser deixadas no subsolo para que o aumento da temperatura se limite a 1,5oC, como prevê o Acordo de Paris”. Tudo isso enquanto os monopólios internacionais de exploração de petróleo dos países imperialistas continuam as suas operações.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, conhecida por suas ligações com o imperialismo e ONGs, também mostrou que vai colocar todos os empecilhos para a exploração de petróleo. “Se nós fizermos desmatamento zero, [mas] o mundo não parar de usar carvão, petróleo e gás, a Amazônia vira savana do mesmo jeito… Mudança climática é uma prioridade, e nós vamos fazer isso enfrentando as contradições”, disse Marina Silva no Diálogos Amazônicos que ocorreu neste final de semana.
Apesar de compor o governo do presidente Lula, Marina Silva, como sempre, não perde a oportunidade de fazer o jogo sujo do imperialismo e das ONGs contra o governo nacionalista e de desenvolvimento nacional.
Lula na mira
O grande alvo dessa campanha imperialista é o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que afirma que o petróleo deve ser explorado para desenvolver a região e, ainda pior para o imperialismo, que seja realizada pela estatal Petrobras.
Em todos os momentos dos encontros e assembleias e na imprensa tanto nacional, quanto internacional, citam Lula e sua posição de explorar não somente o petróleo, mas outras riquezas e levar grandes obras de infraestrutura e desenvolvimento da enorme região Amazônica.
É importante entender que toda essa campanha sob a fachada ambiental e de defesa dos índios mira desestabilizar governos nacionalistas que não sigam a cartilha do imperialismo e, em particular, o Brasil, que, além de ser um enorme país, possui uma das maiores empresas de petróleo do mundo.
O imperialismo treme apenas com a ideia de que o Brasil explore suas reservas de petróleo e gás e desenvolva esse setor de beneficiamento e refino do óleo cru. É necessário lembrar que a Operação Lava Jato, criada e apoiada pelos EUA, mirou as refinarias, fábricas de fertilizantes, estaleiros e empresas ligadas ao setor de construção e petróleo.
Tudo isso ocorre com metade do país (região amazônica que corresponde a 45% do território nacional), no melhor dos casos, pouco explorado economicamente e com enormes riquezas minerais e terras passíveis de exploração agrícola. Este fato pode aumentar ainda mais o desenvolvimento do país e fazer com que o Brasil tome conta efetivamente dessa enorme porção de terra.
Essa campanha “ambientalista” e de “defesa” do índio, realizada pelo imperialismo, vai ficando mais intensa à medida em que o governo Lula se distancia dos países imperialistas e toma uma política ainda mais independente, tanto através de sua política interna (fim do PPI), quanto de sua política externa (aproximação com China e Rússia, com o consequente fortalecimento dos BRICS).
É preciso denunciar a campanha sórdida realizada pelo imperialismo através das ONGs e de cientistas financiados por esse setor e realizar uma enorme campanha pela exploração das riquezas da Amazônia, assim como pela imediata expulsão desses infiltrados no Brasil – que visam impedir o desenvolvimento da região sob as ordens dos norte-americanos e europeus.