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Não é possível ocultar a crise

Imperialismo fracassa em tentativa de ucranizar o G20

A resolução final apresentada pelos chefes de estado que se reuniram na cúpula do G20 de 2023 frustrou os interesses dos países bloco imperialista

A resolução final apresentada pelos chefes de estado que se reuniram na cúpula do G20 de 2023 frustrou os interesses dos países bloco imperialista. Diferentemente do que ocorreu no evento realizado no ano passado e na resolução do G7 deste ano, a tentativa de fazer do fórum um instrumento para atacar a Rússia no que diz a guerra na Ucrânia não teve nenhum sucesso. Uma situação que expressa o enfraquecimento do imperialismo diante do enorme aprofundamento da crise econômica mundial. 

Em 2022, o imperialismo fez constar na resolução da cúpula do G20, que foi realizada no Bali, na Indonésia – apesar de reconhecer que havia outros pontos de vista, diferentes avaliações da situação e sanções, bem como, de que tal fórum não é destinado para tratar questões de segurança – que “A maioria dos membros condenou veementemente a guerra na Ucrânia e salientou que está a causar imenso sofrimento humano e a exacerbar as fragilidades existentes na economia global”. 

Nesta edição do evento, destinada supostamente a tratar de questões econômicas para resoluções de problemas globais, o imperialismo não teve mesmo sucesso ao tentar impor que constasse na resolução uma condenação contra a Rússia no que diz respeito a guerra no território ucraniano. A questão resultou num enorme impasse entre o bloco imperialista e o liderado pela China e Rússia, no que se refere ao texto final da cúpula, o qual teve sua elaboração ameaçada de não ser concretizada. 

No documento constou uma suposta preocupação com os impactos das guerras e conflitos em todo mundo. No texto, a discussão realizada no Bali foi reiterada e reafirmado o caráter econômico do fórum. Os impactos da guerra na Ucrânia no que diz respeito à segurança alimentar e energética, bem como, efeitos econômicos como inflação também foram citados. A resolução trouxe que o uso ou ameaça de armas nucleares é inadmissível. 

Neste último ponto, apesar da imprensa porta-voz do imperialismo buscar atribuir a questão trazida de forma genérica na resolução do G20 à Rússia, cabe destacar que a ameaça de utilização de armas dessa natureza teria vindo da própria Ucrânia. As declarações vindas da Rússia sobre uso de armamento nuclear se tratou de advertência ao fornecimento de armas pela OTAN à Ucrânia. É importante ressaltar que o próprio conflito foi produto da ingerência do imperialismo na região. 

Sobre a questão do bloqueio do escoamento da produção de grãos através do Mar Vermelho que também consta no texto, a Rússia declarou que a prorrogação do acordo mediado pela Turquia em nome da ONU dependeria do cumprimento das condições do tratado. Essa questão escancara o cinismo expressado pelo imperialismo, principalmente dos Estados Unidos, no que diz respeito aos impactos econômicos em torno dessa questão, bastaria retirar as sanções impostas contra Rússia através da ONU para resolução do problema.        

Por sua vez, a Ucrânia lamentou não poder participar da redação sobre o conflito em seu território e considerou um golpe a manobra dos membros do G20 de declararem “nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia”, que também afirmou que a cúpula “não tem nada do que se orgulhar”.         

Evidentemente que o BRICS constitui um fator muito importante para a crise que o bloco imperialista enfrenta inclusive dentro do G20, se trata de um fórum econômico que tem atraído dezenas de países que buscam fugir das sanções econômicas e imposições impostas pelo imperialismo. A própria criação dos BRICS é um efeito da guerra comercial que o imperialismo promove contra a China, bem como, da ditadura que sua política econômica representa contra os países cujos governos não se curvam aos seus interesses. 

A política verde que inclusive foi o tema do encontro é uma das facetas desta ditadura que o imperialismo buscar impor aos países atrasados, os quais para salvar o planeta de um terrível colapso deveriam teriam que cumprir determinadas metas de combate ao desmatamento e emissão de gases, por exemplo. Por trás, desta suposta preocupação com o meio ambiente e mudanças climáticas há uma enorme campanha promovida por ONGs imperialistas contra a exploração de recursos naturais como petróleo em países atrasados.  

O imperialismo também utiliza essa política para fazer chantagens como denunciou o presidente Lula diante das imposições da União Europeia ao Mercosul. Por isso, busca adentrar fóruns como BRICS e a cúpula da Amazônia onde essa política não encontra força para ser levada a cabo. A crise da dominação do imperialismo sobre o mundo é tão profunda que nem mesmo nos fóruns que dirige sua política consegue ter sucesso, menos ainda naqueles que estão fora do seu domínio e onde sua inserção é vetada.

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