O imperialismo segue atacando o governo de Daniel Ortega na Nicarágua. Desta vez, fundos internacionais bloquearam o envio de recursos ao país utilizando como pretexto supostos ataques à população indígena e ao meio ambiente.
Foram bloqueados os pagamentos de US$116,6 milhões (aproximadamente R$550 milhões), do Fundo Verde da ONU, e o atraso por mais seis meses do valor de US$352,58 milhões (R$ 1,6 bilhão), por parte do Banco Centro Americano de Integração Econômica (BCIE).
O primeiro seria destinado para preservação de florestas e o outro para investimentos na expansão e melhoria de rodovias.
Quanto ao BCIE, a prorrogação do empréstimo se dá pelas acusações ao presidente do banco Dante Mossi, de financiar a “ditadura de Ortega” ao conceder recursos à Nicarágua. Fato que implicou em sua não reeleição.
Caberá ao próximo presidente da instituição conceder ou negar o empréstimo de recursos ao país.
Já o pretexto para o não recebimento do investimento do Fundo Verde se deu através de uma suposição de que o recurso do fundo, acirraria os conflitos entre indígenas e colonos na região da reserva florestal do Bosawás, devido a exploração econômica da região e a grilagem de terras.
As acusações que levaram a essa suposição partiu de grupos indígenas que alegam não terem sido consultados para resoluções a partir do recebimento do recurso.
O tipo de acusação relacionando o dinheiro do Fundo Verde e os conflitos na região relacionados à invasão de terras e garimpo, também é feito por diversas ONGs ligadas ao imperialismo mundial.
É notório que não há qualquer preocupação real com a defesa de povos indígenas por parte do imperialismo, e muita preocupação com uma possível regulação de atividades econômicas em áreas que eles determinam a conservação, principalmente por parte de um governo não dominado por sua política.
O imperialismo não pode permitir que um país atrasado se desenvolva economicamente utilizando seus próprios recursos, a farsa da preservação se dá por esse fato. Para dar veracidade a essa política, são frequentemente corrompidos, grupos indígenas oportunistas, na condição dos supostos guardiões das florestas.
A questão dos conflitos entre colonos e indígenas, que resulta em mortes pela disputa de terras, é um problema do governo e da população da Nicarágua. Não há motivos para a interferência de órgãos imperialistas nesse problema.
Parte da política identitária se dá nessa falsa defesa aos índios, que serve para encobrir a real intenção do imperialismo, que é negar qualquer possibilidade de desenvolvimento econômico dos países atrasados e fomentar a derrubada de governos não subservientes à sua política.
O identitarismo, ideologia criada nas universidades norte-americanas, serve para defender a força mais reacionária de nossos tempos: a política do imperialismo mundial.
A esquerda classista deve repudiar as políticas identitárias. Fora o imperialismo da América Latina.