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Francisco Weiss

Militante do PCO em São Paulo. Juntou-se ao partido em 2018, em meio à campanha da luta contra o golpe e pelo “Fora Bolsonaro”. É membro da coordenação do Grupo por uma Arte Revolucionária Independente (GARI), além de dirigente do PCO em São Paulo. Apresenta de segunda a sexta o programa Reunião de Pauta na COTV e outros programas do Canal e também da Rádio Causa Operária.

Livros proibidos

Identitários não gostam quando censura é contra eles

Nos EUA, movimentos conservadores censuram livros infantis LGBT e identitários se queixam. Afinal, quem pode e quem não pode ser censurado?

O identitarismo já ficou conhecido como uma política que procura censurar e controlar o que as pessoas podem ou não dizer sobre todos os assuntos. Um recente caso em que essa política foi aplicada foi a exclusão do vídeo de especial do comediante Léo Lins, que possuía mais de 3 milhões de visualizações, da plataforma YouTube. A acusação era de que algumas piadas feitas ali eram ofensivas: racistas, xenófobas, “homofóbicas”, etc.

Recentemente, houve outra polêmica nesse sentido quando um grupo de teatro que irá reencenar o filme A Vida de Brian, do grupo de comédia britânico Monty Python, estava querendo cortar um trecho do filme por acreditar que a piada feita ali era transfóbica. Eric Idle e John Cleese, ex-integrantes do grupo original, protestaram contra a medida e o caso ainda está em discussão. 

No entanto, nos EUA o feitiço está se virando contra os feiticeiros e há toda uma polêmica envolvendo esse caso. Segundo reportagem da Folha de São Paulo, foram banidos mais de 2.500 livros infantis de bibliotecas de todo o país, conforme afirma Associação de bibliotecas dos EUA. 

Os títulos, banidos em sua maioria por organizações conservadoras ou religiosas, são, em sua maioria, relacionados com temas LGBT, taxados pelas pessoas que os proibiram como problemáticos devido à abordagem de “temas sexuais de forma explícita”. 

Os escritores se juntaram contra essas proibições e afirmam estarem lutando pela liberdade de expressão. Segundo eles, trata-se de uma minoria barulhenta que procura proibir que seus livros cheguem às bibliotecas, escolas e livrarias do país. 

Evidentemente, não se deve apoiar esse tipo de tentativa de censurar livros sejam eles quais forem, que nesse caso surge sob o pretexto de defender as mentes e corações das crianças norte-americanas. No entanto, é irônico que isso esteja ocorrendo com autores representativos da cultura identitária, que são pessoas que vêm procurando defender censura e cancelamento de todos os outros que não são identitários.

Já dissemos repetidas vezes que políticas como a de censura sempre irão se virar contra a esquerda e a classe trabalhadora, no final das contas. Nesse caso, ela se vira contra os próprios identitários. A prática da censura já é tradicional entre setores conservadores e agora, devido ao identitarismo, começou a se tornar algo defendido por parte da esquerda também. 

A única defesa aceitável é a da liberdade de expressão total e irrestrita. Nesse caso, se você censura alguns, fica difícil de fazer alguma campanha pela liberdade de expressão quando tentam censurar os mesmo que defendiam a censura anteriormente.

* A opinião dos colunistas não reflete, necessariamente, a opinião deste Diário

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