O homem que foi vítima de grave violência pela Polícia Militar de São Paulo não só vai ser mantido em prisão preventiva respondendo pelo suposto crime preso, como vai responder por furto qualificado pelo furto de duas caixas de bombom no valor 30 reais ao todo. A acusação é de que houve supostamente concurso de agentes e corrupção de menores, embora os 3 possíveis suspeitos não tenham ligação; e pasmem: resistência à prisão, que se deu com o suspeito algemado e amarrado, situação em que oferece pouquíssima possibilidade de resistência.
O judiciário, ao confirmar a prisão do homem, por furto de 30 reais e tendo sido este mesmo homem torturado, mostra para que serve o judiciário burguês: massacrar a população pobre.
A juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), decidiu que o caso de um homem que foi detido por policiais militares com as mãos e os pés amarrados teria ocorrido de forma perfeitamente legal.
A vítima, identificado como Robson Rodrigo Francisco, de 32 anos, foi filmada e exibida em todo o País, que se viu chocado com a brutalidade dos policiais.
O caso representa a brutalidade com que a polícia trata a população pobre. A opressão contra os trabalhadores é cada vez maior, e os aparatos de repressão agem como verdadeiras milicias fascistas armadas contra o povo.
Somente em 2021, 6.145 pessoas foram assassinadas pela Polícia Militar em todo o Brasil, com mais de mil mortes concentradas no Rio de Janeiro. Trata-se de uma organização que serve para massacrar os trabalhadores e impor a vontade do Estado sobre o povo.
A situação dos presídios no Brasil é alarmante, com superlotação, falta de condições de saúde adequadas e violações constantes dos direitos humanos. O fim dos presídios é uma reivindicação essencial para impedir que o povo continue sendo massacrado pelo aparato de repressão do Estado.