Mais uma história de terror da ‘democracia americana’, após 34 anos autoridades reconhecem prisão ilegal e liberam Sidney Holmes.
O caso Sidney Holmes
Holmes, à época com 23 anos, havia sido condenado em 1989 a uma pena de 400 anos de reclusão no estado da Flórida. A acusação seria de dirigir para fuga de dois assaltantes em Fort Lauderdale, em 1988.
Apenas em 2020, após iniciativa de Holmes a Unidade de Revisão de Condenações da Procuradoria do Estado (CRU), reconheceu sua falha. Consultadas pela procuradoria, as próprias vítimas chegaram a manifestar-se pela libertação de Holmes.
“Não há nenhuma evidência ligando o Sr. Holmes ao roubo além de uma identificação falha. Sem impressões digitais ou nenhuma evidência física. Nada além de uma identificação de testemunha que nós acreditamos ser ruim”. Afirmou o assistente do procurador do estado, Arielle Demby Berger.
Quem são os cidadãos na “democracia” atual
O imperialismo norte-americano faz a propaganda de ser a maior democracia do mundo, um defensor do progresso e futuro. Entretanto como pode a maior democracia, ter a maior população e taxa carcerária mundial, lá 6,29؊ enquanto no Brasil 3,22؊ quase metade.
Essa inclusive é uma política pacífica entre os principais grupos políticos à frente do imperialismo norte-americano. Um bom exemplo é a dupla Kamala Harris e Joe Biden (quando era senador) que trabalharam arduamente no sentido de endurecer o regime e consequentemente aumentar o encarceramento naquele país.
Frutos do identitarismo
A candidatura de Kamala Harris a vice-presidente foi aclamada pela esquerda pequeno-burguesa, que fez campanha pela e comemorou a vitória de Biden e Kamala Harris. Ocorre que atuação dessa dupla, que promoveu o encarceramento em seu território, teve como principal vitima o povo negro norte-americano, justamente aqueles que supostamente defenderiam.
Todavia, o viés mais reacionário da esquerda pequeno-burguesa é seu fetiche pelo Estado burguês. Não podemos esquecer que essa esquerda vive pedindo pela criação de novos crimes e o aumento das penas.
Antidemocrática e anti-operária
É pelo seu caráter pequeno-burguês e por ter se apossado das migalhas dessa estrutura que essa esquerda defende tão ferozmente o Estado. Exatamente o oposto da classe trabalhadora, sob o jugo diário do Estado burguês não guarda ilusão perante o mesmo.
Não vamos confundir a posição dos progressistas de defender os direitos democráticos ou Estado de Direito frente à Barbárie. Essa parcela da esquerda não defende os direitos democráticos, à parte de toda campanha, estão mais próximos dos absolutistas.
Sua política de endurecimento do regime e encarceramento, são por essência repressora e completamente antidemocráticas. Servem como instrumento de opressão, sendo bases para a dominação de classe.
Fica claro que as prisões do Estado burguês foram feitas para reprimir a classe trabalhadora. Não somente esse instrumento, mas qualquer poder dado ao Estado burguês será utilizado em algum momento contra a classe operária.