Nessa quinta-feira (02), o secretário-geral do movimento xiita libanês Hesbolá, Hasan Nasrallah, declarou que, hoje, ele fará o seu primeiro discurso desde o início da guerra entre Israel e Palestina. Esmail Qaani, comandante da Força Quds do Exército dos Guardiões da Revolução Islâmica do Irã, está em Beirute, no Líbano, para acompanhar o discurso do dirigente do Hesbolá.
Na véspera de seu discurso, o Hesbolá assumiu a autoria de 19 ataques simultâneos a posições militares israelenses no território das Fazendas de Shebaa, área na fronteira disputada entre o Líbano, a Síria e Israel. O local, de aproximados 35 metros quadrados localizado nas Colinas de Golã, foi ocupado pelos nazistas de Israel durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
“Na quinta-feira, às 15h30 [locais], os combatentes do Hesbolá lançaram ataques simultaneamente contra 19 posições e alvos militares sionistas [israelenses]”, disse a organização em um comunicado, no qual ressaltou também que os disparos foram realizados por mísseis guiados e projéteis de artilharia.
Ou seja, o clima está quente. Os bombardeios do Hesbolá, as declarações anteriores da organização e a presença do líder militar iraniano levantam a expectativa de que a organização libanesa pode declarar, oficialmente, guerra contra o Estado nazista de Israel. Uma decisão que seria absolutamente acertada!
Finalmente, Israel está cometendo um verdadeiro massacre na Faixa de Gaza com seus bombardeios incessantes a hospitais, igrejas, escolas, bairros e campos de refugiados. Mas essa matança só é possível por conta de seu poderio militar aéreo. Na terra, a luta está praticamente igual, Israel não consegue levar adiante a sua tão esperada operação terrestre por conta do combate corajoso e revolucionário dos membros do braço armado do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
Ou seja, a entrada do Hesbolá na guerra seria, possivelmente, o necessário para desbalancear de vez o conflito e fazer com que o Hamas, o maior representante da luta do povo palestino, não só mantenham as suas posições, mas avancem rumo a uma derrubada total do Estado nazista de Israel.
Nesse sentido, é essencial que a organização libanesa entre de uma vez por todas nesse conflito, juntando-se ao Hamas e ao Iêmen que, recentemente, também declarou guerra a Israel. Com isso, a tendência é que mais e mais países árabes entrem no conflito para derrotar Israel, um efeito histórico que mudará o rumo da luta dos oprimidos para sempre.