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Prisioneiros israelenses

Hamas tratou presos humanamente, dizem familiares

A recepção dos prisioneiros israelenses foi fria, todos entenderam que foi uma derrota.

A guerra entre a Israel e Palestina chegou a um novo estágio com a negociação de uma trégua de quatro dias entre os grupos da resistência armada palestina e o Estado nazi-sionista de Israel. Os termos da trégua garantiriam a libertação de 10 prisioneiros feitos pelos grupos palestinos para cada 30 prisioneiros feitos pelos israelenses a cada dia da trégua, que se espera durar pelo menos quatro dias. 

O acordo firmado na sexta-feira (24) também garante que durante os dias da trégua não haverá nenhum bombardeio, ou agressão de qualquer lado, bem como Israel permitira o abastecimento da Faixa de Gaza com ajuda humanitária, combustível e outros itens de primeira necessidade. O Qatar e o Egito mediaram o acordo e se comprometeram a fiscalizar o seu cumprimento, afinal, apesar das negociações, a situação se mantém extremamente tensa.

Derrota política de Israel: do início à trégua

A cada dia da trégua fica patente que o acordo coloca Israel numa posição de desvantagem, enquanto coloca os grupos da resistência armada palestina, mais notável deles o Hamas (Movimento de Resistência Islâmica), numa posição de vantagem.

A Operação Inundação de Al-Aqsa lançada pela coalizão de grupos palestinos, já mostrou a fraqueza de Israel, que sofreu um número considerável de baixas, talvez o maior número deste a fundação do Estado de Israel, além é claro de mostrar a debilidade do sistema de proteção anti-aérea israelense, o “domo de ferro”. 

A coalizão, composta principalmente pelos grupos Hamas, Jihad Islâmica e FPLP (Frente Popular de Libertação da Palestina), fez mais de 200 prisioneiros e eliminou mais de 400 combatentes das forças de ocupação israelense. Contudo, a maior das baixas está no campo do incontável, a baixa política. 

Ao mostrar que o Hamas poderia atacar Tel-Aviv com foguetes, poderia atacar tropas sionistas com sucesso, fazer prisioneiros, etc… O mito da invencibilidade do exército israelense caiu por terra, ficou demonstrado que, numa região bastante hostil ao Estado sionista e ao seu patrocinador central, os Estados Unidos, Israel estava fraco. 

Os comandantes sionistas reagiram com extrema violência mataram em um único mês, três vezes mais do que mataram em cinco anos da Segunda Intifada (Insurreição palestina de 2000 a 2005), com quase quinze mil mortos. Apesar desta política fascista, Israel foi incapaz de atingir de forma decisiva os grupos da resistência armada palestina, estes sofreram baixas, mas baixas menores. O motivo é simples, Israel tinha, e tem, medo de atacar os grupos diretamente, por medo de ocasionar ainda mais baixas militares nas suas fileiras. 

Os comandantes nazi-sionistas decidiram bombardear indiscriminadamente a Faixa de Gaza, e evitar incursões terrestres, afinal jogar bombas do céu é praticamente sem riscos. Entrar na Faixa de Gaza, um dos territórios urbanos mais densamente populados do mundo, cheio de militantes que conhecem o terreno, é simplesmente algo suicida. 

O começo da incursão terrestre em Gaza, por parte de Israel, gerou uma quantidade enorme de baixas para o exército israelense, o governo tem, de acordo veículos israelenses, sub-notificado o número de soldados mortos na luta contra a Palestina. 

O acordo de trégua é uma gigantesca derrota para o governo de Israel. Após o ataque inicial da coalizão palestina, o primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu esmagar e acabar com o Hamas e tentou manter uma posição de não negociar e não reconhecer o Hamas como um grupo armado, mas como uma organização terrorista. Ao negociar, tudo isso se perdeu. A montanha pariu um rato. A derrota do dia sete de outubro foi aumentada com a trégua de 24 de novembro. 

Um golpe de misericórdia na propaganda sionista

Como se não bastasse estar perdendo o conflito militar e politicamente, Israel sofreu uma derrota acachapante ao ver a troca de prisioneiros com o Hamas acontecer. Primeiramente, o governo de Israel foi obrigado a proibir que os reféns dessem entrevistas, uma medida para calar os prisioneiros libertados , que tem dado depoimentos positivos sobre o tratamento deles pela coalizão palestina. 

O canal de Televisão Al Mayadeen , organizado no Líbano, documenta que prisioneiros israelenses disseram, através de suas famílias, afinal eles mesmo não podem falar, que foram tratados “de forma humana”. Eles também argumentam que “Não tinha nenhuma história de terror que nós  pensamos que teria”. 

A recepção dos prisioneiros israelenses foi fria, todos entenderam que foi uma derrota. Já a recepção dos presos palestinos foi uma grande festa popular, com destaque a presença de bandeiras do Hamas e Jihad Islâmica mostradas proeminentemente durante as manifestações. 

A propaganda feita pelos presos israelenses ajuda a por abaixo a propaganda sionistas de que os grupos da resistência armada palestina são selvagens e cruéis. Vemos que se trata de um fenômeno totalmente diferente. Propagandística, política e militarmente esta guerra é uma catástrofe para Israel. 

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