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Palestina

Hamas promoveu feito histórico, de fato, revolucionário

O território, todo ele, pertence aos povos palestinos o e, como tal, deveria ser alçado como um estado laico e livre para os povos que ali habitam

A ação do último sábado (07/10) do Hamas, organização armada dos palestinos, já pode ser considerada um dos acontecimentos mais espetaculares deste século, sem sombra de dúvidas. Independentemente do desfecho deste conflito, a verdade é que o Hamas conseguiu colocar as forças imperialistas de Israel de joelhos, em uma ação jamais vista na luta palestina. 

Já são contabilizados mais de mil mortos no conflito, e não é difícil verificar ao redor do mundo o festejo e a solidariedade ao Hamas e ao povo palestino, povo martirizado por décadas pelo imperialismo norte-americano. O balanço mais recente das autoridades locais indica que ao menos 1.120 pessoas morreram, sendo 700 em Israel, 413 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia. O Exército israelense relatou mais de 3.000 foguetes disparados do enclave e a infiltração de dezenas de palestinos armados nas áreas da fronteira sul de Israel no sábado, e outras centenas no domingo. 

Também é fácil notar a hipocrisia gigantesca da imprensa, que se cala diante do martírio diário dos palestinos, e, quando estes resolvem reagir, são tachados de terroristas cruéis. Apesar desse martírio, o fascista Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro de Israel, já afirmou que “inimigo pagará um preço como nunca conheceu antes”. Ele prepara uma operação de destruição massiva da faixa de gaza.

Fato é que os integrantes do Hamas, conseguiram realizar pelo menos dois feitos históricos. O primeiro deles é impor uma derrota ao exército israelense, feito atingido, antes, somente pela OLP (Organização Para a Libertação da Palestina), através de Yasser Arafat, que depois se tornou chefe da autoridade palestina. O segundo, foi a inédita invasão do estado de israel.

O Hamas se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido, e disse, segundo a imprensa internacional, que a ação do grupo foi uma resposta ao bloqueio de 16 anos na Faixa de Gaza (que é um campo de refugiados palestinos), aos ataques israelenses nas cidades da Cisjordânia no ano passado, à violência em Al Aqsa – local sagrado de Jerusalém, também chamado de Monte do Templo; também foi uma resposta diante do aumento dos ataques de colonos israelenses aos palestinos e à expansão dos assentamentos israelenses em território palestino.

Segundo o próprio Hamas, por volta das 6h30 da manhã de sábado (1h30 horário de Brasília-DF), o Hamas disparou uma enorme quantidade de foguetes a partir da Faixa de Gaza, tentando atingir cidades de Israel. Os foguetes serviram para tirar a atenção das fronteiras, o que possibilitou a invasão por terra, com homens armados, e mesmo pela água e pelo ar, com parapentes. 

Postos militares de Israel foram tomados e a ação foi feita junto da tomada de reféns, para servir de proteção para a retaliação israelense, que já está acontecendo.

“Anunciamos o início da Operação Tempestade Al-Aqsa, e anunciamos que o primeiro ataque, que teve como alvo posições inimigas, aeroportos e fortificações militares, excedendo 5.000 mísseis e projéteis”, disse Mohammed Deif, chefe das Brigadas Izzedine al-Qassam, o braço militar do Hamas, que é uma organização fundada em meados dos anos 1980. 

O Hamas tomou várias cidades israelenses, tomaram tanques e outros armamentos de Israel, além de terem feito reféns, o que tem sido apontado pela imprensa capitalista como sendo algo desumano, e um crime de guerra. Entretanto, na situação do Hamas tomar reféns é justificável, posto que é uma prevenção das possíveis ações de Israel. Se forem bombardear a Palestina, farão com israelenses dentro dela. E o mais provável é que Israel faça assim mesmo, fascistas como eles sempre foram. Eles, o Hamas, saíram do gueto, derrubaram as cercas, e produziram um fato histórico, revolucionário.

A invasão do território de Israel jamais foi concretizada desde a criação artificial deste estado, em 1948. É possível que o estado de Israel, com o apoio do imperialismo, consiga massacrar os palestinos, pois Joe Biden, presidente norte-americano, anunciou que está à disposição para ajudar Israel como também sempre fez, e o fará com mais armas e possível efetivo militar. Mas, não há dúvida alguma que se instalou a maior crise do estado de Israel, de todos os tempos, e, nesse sentido, um evento fundamental e um feito que serve à revolução proletária mundial.

As declarações de apoio ao Hamas são para lá da casa da centena. O próprio PCO, por seu presidente, Rui Costa Pimenta, afirmou que ele e seus militantes estão “1000% com o Hamas”. Sendo que até países e outras organizações, como o Hezbollah, já mostraram que estão dispostas a ajudar na defesa da causa palestina. 

O Irã, por seu meio do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Nasser Kanaani afirmou que “a operação de hoje é um ponto de virada no processo de resistência armada do povo palestino contra os sionistas. Por outras palavras, esta operação abriu um novo capítulo no domínio da resistência e das operações armadas contra os ocupantes. (…) Esperamos que o movimento de resistência consiga obter mais vitórias no caminho para a libertação da Palestina e a realização das aspirações do povo palestino”. O povo iraniano também celebrou a ação do Hamas.

Já o grupo libanês, Hezbolah, declarou que “a vontade do povo palestino e o fuzil da resistência são a única alternativa para enfrentar a ocupação”, tendo ele mesmo feito ataques contra Israel em solidariedade ao Hamas. 

A Fepal (Federação Árabe Palestina do Brasil) emitiu nota oficial na qual reivindica o direito de autodefesa dos palestinos: “reiteramos o direto à autodefesa do povo palestino e pedimos ao mundo que pare a máquina de guerra de ‘israel’ imediatamente”. 

Na realidade, Israel é um nome fantasia de um enclave militar norte-americano na região, por isso o povo palestino é tão massacrado. Não existiria não fosse o interesse do imperialismo em ter um posto militar na região para controlar o Oriente Médio, especialmente no que tange o petróleo. O território, todo ele, pertence aos povos palestinos o e, como tal, deveria ser alçado como um estado laico e livre para os povos que ali habitam.

Veja, abaixo, a verdadeira invasão do imperialismo contra o povo palestino ao longo dos anos. Fica claro que não se trata de um ataque terrorista, mas sim, de uma reação valente contra a ofensiva imperialista. 

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