Como parte das manifestações em todo mundo a favor da luta palestina, São Paulo, capital, foi palco de um ato convocado para este domingo (22/10) com a finalidade de manifestar a solidariedade dos brasileiros e suas organizações para a causa palestina.
Houve, em dado momento, pequena polêmica a respeito das bandeiras de partidos políticos, mas com o desenrolar da atividade rapidamente as bandeiras, especialmente do PCO, flamularam no ato que teve a presença de milhares de pessoas na Avenida Paulista.
O companheiro Antônio Carlos, do PCO, esteve presente com dezenas de militantes do partido e fez sua intervenção, conforme abaixo:
“Bom dia, companheiros e companheiras!
Eu falo aqui em nome do Partido da Causa Operária e trazendo a nossa irrestrita solidariedade à luta do povo palestino e de todos os povos árabes contra o Estado sionista, assassino, terrorista, de Israel.
Eu falo também em nome da APEOESP (Associação dos Professores do Estado de São Paulo), o sindicato dos professores, de mais de 300 mil professores, do Estado de São Paulo, que se reuniu e aprovou moção de solidariedade (ao povo palestino). E vamos estar juntos na luta, nas escolas, para explicar para a nossa juventude a verdade sobre o genocídio e o martírio do povo palestino.
Nós, companheiros, queremos deixar claro, que nos últimos dias, gente da direita que apoia o sionismo veio ameaçar o companheiro Breno Altman do PT. Ameaçaram de morte dirigentes do PCO. Não adianta ameaçar, não vão calar a voz de todo mundo, daqueles que lutam ao lado do povo palestino! Porque a luta do povo palestino é a luta contra a opressão do maior inimigo de todos os povos oprimidos do mundo, que são os Estados Unidos da América, inimigo do povo palestino, inimigo do povo árabe, inimigo do povo brasileiro.
Unidade de todos os setores!
Por último: Nós não vamos aceitar a condenação de ninguém! Nós estamos 1000% com o Hamas, com o Hesbolá e com todos que lutam a favor da libertação do povo palestino”.
O companheiro João Caproni Pimenta, da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), também interveio no ato e comentou, a respeito da manifestação, que ela foi muito combativa, que todas as pessoas que defendiam o Hamas no carro de som foram aplaudidas, percepção que foi compartilhada pelo companheiro Uriel Roitman, que também é da AJR. “O ato foi muito vitorioso, montamos nossa banca, vendemos jornal, panfletamos, etc”, disse Uriel a este diário.
Outra companheira, Júlia, da bateria Zumbi dos Palmares, disse que “o ato tinha bastante gente” e que “as falas foram até que boas, toda vez que alguém falava viva o Hamas era nítido que a maioria ali apoiava”, demonstrando a radicalização do ato de conjunto e dos manifestantes que lá estavam. “A fala do Toninho foi super aplaudida”, disse Júlia sobre a intervenção do PCO na atividade.
Neste domingo ainda aconteceram outros tantos atos no Brasil e em outros países em defesa do povo palestino e sua luta, fato que revela o apoio massivo da classe trabalhadora mundial aos feitos do Hamas e outras organizações palestinas, que lutam contra a ditatura e o genocídio cometido pelo Estado de Israel.
Por fim, o companheiro Antônio Carlos também nos deu a sua avaliação do ato ocorrido hoje na avenida Paulista, vejamos:
“Com cerca de 2 mil pessoas, o ato foi um ato bastante combativo no sentido da defesa do povo palestino e da sua luta contra o Estado sionista de Israel. A palavra de ordem central do ato era ‘Estado de Israel, estado assassino, e viva a luta do povo palestino’. Evidenciando aí uma clara tendência de mobilização de luta contra o Estado de Israel em apoio à causa palestina. O ato, refletindo as posições do PCO e dos grupos mais à esquerda, apoiou a luta do Hamas e dos outros grupos que se insurgem e lideram a luta armada contra o Estado de Israel. Ainda que com diferentes posições, setores religiosos que se colocavam numa perspectiva meramente da defesa da paz, e os setores da esquerda, como o PSTU, que criticou Hamas, o PCB, sendo inclusive respondido pelos setores mais combativos do ato, que eram a juventude dos setores palestinos e árabes, que expressavam, apoiavam claramente a luta combativa, a luta armada do Hamas e dos outros grupos, que inclusive manifestaram o desejo de continuar na Paulista contra o ato que estava para acontecer, organizado pelos setores sionistas, defensores do genocídio, setores ligados ao bolsonarismo.
Como um primeiro ato, foi um ato grande, combativo, e mostrou que há uma grande tendência. Ficou evidente que a esquerda, à exceção do PCO, não procurou fazer uma ampla divulgação e mobilizar, e havia representantes de todos os setores da esquerda, mas era uma representação minoritária, também do movimento de luta dos trabalhadores, à exceção da APEOESP, que votou uma resolução, apoiou, havia ativistas, dirigentes da APEOESP, que falaram no ato, os demais setores não expressaram esse apoio concreto, prático, por falta da incompreensão de que a luta em torno da defesa do povo palestino é uma luta fundamental para todos os povos oprimidos, os trabalhadores do mundo todo”.
Acompanhe mais a cobertura do diário Causa Operária sobre a luta do povo palestino no link abaixo:
https://causaoperaria.org.br/especiais/guerra-palestina-x-israel/
