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Henrique Áreas de Araujo

Militante do PCO, é membro do Comitê Central do partido. É coordenador do GARI (Grupo por Uma Arte Revolucionária e Independente) e vocalista da banda Revolução Permanente. Formado em Política pela Unicamp, participou do movimento estudantil. É trabalhador demitido político dos Correios e foi diretor da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios)

Identitarismo é uma farsa

“Decoloniais” não se importam com o massacre dos palestinos

Os palestinos e árabes parecem não importar tanto para grandes denunciadores do colonialismo

Não teve declaração de Djamila Ribeiro contra o colonialismo. Provavelmente fazer propaganda para a Chevrolet “incentivando mulheres a dirigir” ou para a Prada (incentivando mulheres a gastarem dinheiro) é muito mais “decolonial”.

Não teve declaração de Sônia Guajajara contra o colonialismo. Provavelmente, dar uma banana para um quadro de D. Pedro II (era um protesto contra a Independência do Brasil, proclamada por D. Pedro I) é muito mais “decolonial”.

Txai Suruí, colunista da Folha de S. Paulo, parece não ter muito a declarar sobre o colonialismo nesse momento.

A mesmo coisa vale para qualquer identitário que adora se pronunciar sobre o colonialismo. Eles são tão “radicais” que qualquer branco é um opressor, qualquer homem é um machista.

Qualquer história é colinial. Qualquer “luta” contra o europeu malvado está na ordem do dia.

O identitarismo se apresenta como a coisa mais radicalmente contra o colonialismo que a humanidade já viu na história.

Pena que tudo isso não passa de blá-blá-blá. É preciso denunciar o colonialismo de 400, 500 anos atrás. O Brasil nem deveria existir, é um produto da “colonização genocida contra os povos originários”.

Radicalismo de aparência. Radicalismo cuja única função é atacar a cultura nacional.

O problema é que há um colonialismo bem atual. Um verdadeiro – não fictício – genocídio contra um povo – não um povo imaginário que teria existido há 500 anos – que está sendo massacrado agora.

O Estado de Israel, apoiado pelo imperialismo – atual -, está cometendo um genocídio contra um povo escuro e oprimido. O Estado de Israel, composto e formado principalmente por Europeus – brancos de olhos claros.

Lendo os identitários, os ingênuos acreditavam que qualquer branco, qualquer europeu, qualquer opressor merecia o cancelamento total, o desprezo, a denúncia.

Mas não. Todos os identitários estão de boca fechada. Ninguém liga para os palestinos, para os árabes. O europeu israelense parece que nem é tão opressor assim.

Boca fechada. Nem um pronunciamento. Nada!

O caso da Palestina mostrou a cara dos identitários. Seu “decolonialismo” é de mentira. Sua ideologia segue o que diz o imperialismo. Denúncia é só quando o imperialismo permitir. Deixa os árabes morrerem, eles não merecem atenção.

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