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Dia de Hoje na História

Há 75 anos, era fundada a República Popular Democrática da Coreia

Em 9 de setembro de 1948, há 75 anos, era concretizada a República Popular da Democrática da Correia.

Em 9 de setembro de 1948, há 75 anos, era concretizada a República Popular da Democrática da Correia. Esse Estado nasceu da metade do território península da República Popular da Coreia (PRK) acima do paralelo 38 N, que estava sobre controle da União Soviética.

Colônia japonesa

O que outrora foi um dos impérios mais importantes da Ásia, após sucessivos desgastes políticos, foi em 1910 foi anexada ao império japonês. Essa realidade perdurou até a rendição japonesa, após a Segunda Guerra Mundial em 1945.

Nesse um contingente expressivo de mão de obra coreana foi escravizado pelo Estado e indústrias japonesa. Em 1938, foi instituído um programa de trabalho forçado.

Essa política foi ampliada nos esforços de guerra em 1941, utilizando coreanos, e até alistando após 1942, havendo a integração de 2,6 milhões de soldados.

Em 1945, 32% da força de trabalho japonesa era coreana em condições de escravidão. Tanto que os ataques terroristas dos Estados Unidos com bombas atômicas contra as cidades de Hiroshima e Nagasaki, teve uma porcentagem de 25% das vítimas de nacionalidade coreana.

República Popular da Coreia

Foi um governo provisório, fruto do Comitê para a Preparação da Independência da Coreia (CPKI), órgão solicitado pelo Japão para garanti minimamente seus interesses na transição. Entretanto, a liderança de Yeo Un-hyeong,  se organizam comitês populares em todo o país para coordenar a transição para a independência.

A CPKI anunciou em 28 de agosto de 1945, que pretendia funcionar como um governo nacional temporário na Coreia. Em 12 de setembro, os membros do CPKI reunidos em Seul estabeleceram o PRK.

Esse governo foi desorganizado no sul do paralelo 38 N pelas forças militares norte-americanas, permanecendo apenas ao norte com o apoio da União Soviética. Para tal, diversas manifestações e revoltadas contra a divisão do país foram duramente sufocadas, apensa nas ilhas Jeju entre 14 e 30 mil pessoas foram mortas ou desaparecidas, aproximadamente 10% da população a época.

Programa da PRK

O programa desse curto governo foi divulgado em 14 de setembro, dois dias após seu estabelecimento. O programa eram compostos por 27, sendo os mais polêmicos:

  • “o confisco sem indenização de terras ocupadas pelos japoneses e colaboradores;
  • distribuição gratuita de terras aos camponeses;
  • aluguel de limites sobre a terra não redistribuída;
  • nacionalização de grandes indústrias como mineração, transporte, serviços bancários, e comunicação;
  • supervisão estatal das empresas de pequeno e médio porte;
  • garantindo os direitos humanos e as liberdades fundamentais, incluindo os de expressão, de imprensa, de reunião e fé;
  • sufrágio universal para adultos com mais de dezoito anos de idade;
  • igualdade para as mulheres; reformas no direito do trabalho, incluindo uma jornada de oito horas, um salário mínimo, e a proibição do trabalho infantil;
  • “estabelecimento das relações com os Estados Unidos, União Soviética, Inglaterra e China, e da oposição positiva a quaisquer influências estrangeiras de interferência nos assuntos internos do Estado”.

Divisão da Coreia

A divisão ocorreu na Conferência de Potsdam, entre julho e agosto de 1945, face há ausência de acordo entre os ocupantes da Correia. As Nações Unidas e EUA propuseram a realização de eleições, mas os soldados soviéticos não cederam o controle das eleições ao norte do paralelo 358.

A Coreia do Sul realizou suas próprias eleições, tendo seu governo eleito reconhecido pela ONU como o “único governo legal na Coreia”. Em resposta, a Coreia do Norte realizou suas eleições, se colocando também como legitimo governo de toda Correia.

Kim Il-sung

Com a fundação da República Popular Democrática da Correia, Kim Il-sung foi seu primeiro líder de 1948 até sua morte em 1994. Ocupando também os cargos no governo de primeiro-ministro de 1948 a 1972 e de presidente de 1972 até 1994.

Nascido em uma família presbiteriana na região norte da correia ocupada pelo Japão, batizado de Kim Sŏng-ju, sofreu sobre a pesada repressão dos colonizadores. Em exílio na Manchúria, em 1931, filiou-se ao Partido Comunista da China.

Ingressando no Exército do Norte em 1935, neste ano assumiu o nome Kim Il-sung (que significa “torne-se o sol”). Teve uma atuação de destaque na região, uma série de vitórias que chamou a atenção dos japoneses.

Tanto que, por pressão, japonesa foi forçado a fugir para a União Soviética. Lá teve instrução pelo Exército Vermelho, servindo junto deste até o fim da Segunda Guerra Mundial.

Guerra da Coreia

Em 1950,com intensa movimentação de Kim Il-sung, junto a URSS e China, Mao Tse Tung transferiu 50 mil de etnia coreana presentes no Exército de Libertação Popular para a PRK. 

Em 25 de junho daquele ano, as forças norte-coreanas cruzavam o paralelo 38 com apoio de artilharia pesada.

Já estavam mobilizadas 200 mil homens norte na fronteira e 100 mil soldados sul, os conflitos anteriores em pequenas escala leva especialistas que a agressão inicial teria vindo do sul. Fortalecendo a denunciar norte-coreana de tropas da Coreia do Sul, sob comando do presidente Syngman Rhee, haviam violado a fronteira primeiro, a pretensão deles era prender e executar Rhee.

Avanço do norte

Em 27 de junho, Rhee ordenou a evacuação da capital Seul, realizando em 28 de junho, os Massacres das Ligas de Bodo, onde mais 100 mil suspeitos de simpatiza com comunismo. Após a tomada de Seul, 48 congressistas declaram lealdade ao regime da PRK.

Em agosto, o Congresso dos EUA aprovou um orçamento inicial de 12 bilhões, a essa altura 95% da península coreana estava dobre controle da PRK. A guerra estava basicamente perdida para os sul-coreanos, o exército do norte avançava sem resistência popular, havia muito reprovação da classe trabalhadora da divisão do país.

Reação imperialista

A situação virou apenas com as forças sul-coreanas retomando seus territórios abaixo do paralelo 38 apenas sobre o forte bombardeio imperialista. O presidente americano Harry Truman, aprovou por unanimidade no Conselho de Segurança das Nações Unidas as Resoluções 82 e 83, condenando a investida da Correia do Norte e autorizando intervenção militar.

Com as linhas de suplementos cortadas pelos bombardeios imperialistas, sem suporte aéreo e naval, as forças norte-coreanas acumularam grandes baixas, colocando-se em uma situação insustentável.

A reação foi terrível contra os civis, após retomar Seul em 29 de setembro, as forças de Rhee com apoio imperialista massacraram mais 600 pessoas, a pretexto de simpatizam com o comunismo. O imperialismo seguiu pela península com o general MacArthur almejando adentra a China, entretanto foi desautorizado a cruza a fronteira por Truman.

A crise do imperialismo na Ásia

O maior ponto de apoio do imperialismo na Ásia era o próprio Japão. Com o final da Segunda Guerra Mundial, a região era completamente instável. A correia era um bom exemplo disso, o domínio do imperialismo sobre a região necessitava de bastante repressão e sem o auxílio de Stalin era inviável.

A própria divisão da Correia no paralelo 38 N seque essa ideia. Havia grande proximidade entre as populações norte-coreanas e chinesas. A essa altura histórica com a população da China polarizada contra o imperialismo, essa fronteira não teria nenhuma estabilidade.

O compromisso de Stalin

Desde o início da ocupação, Stalin tinha o compromisso com EUA e Inglaterra de não intervir na Correia. Stalin havia deixado claro sua posição perante o conflito, abandonando os membros da PRK a própria sorte.

Stalin foi forçado a mudar de posição após o ingresso mesmo não autorizado da China, sob liderança de Mao Tsé-Tung,  no conflito. Mao envio 300 mil soldados chineses a Correia, isso levou a URSS a envia suplementos e cobertura aérea.

Em 1 novembro houve o primeiro conflito entre soldados chineses e americanos em Unsan, culminando numa vitória chinesa. Na batalha do rio Chongchon, os vitoriosos soldados chineses conseguiram fazer as forças imperialistas regressarem ao limite inferior do paralelo 38.

Armistício

Após mais de 24 messes de negociações e um impasse militar no paralelo 38 N, em 27 de julho de 1953, foi decretado o cessar-fogo. Até o momento nenhum tratado de paz foi assinado, embora o Norte alega ser o vitorioso.

Estima-se que mais 1,2 milhão de pessoas pereceram na Guerra da Correia. Os danos ao país são incalculáveis.

A região norte, que antes da separação era responsável por mais de 60% da produção industrial e apenas 30% da produção agricolar, com solo pouco adequado pelo relevo e composição, e infraestrutura destruída por bombardeios durante a guerra, foi assolada pela forme e ainda enfrentar problemas de abastecimento.

A região sul, basicamente agricolar, até a década de 60 tinha a prostituição e relacionados como origem de 25% do PIB. Mesmo após a industrialização proveniente da transferência de setores econômicos para o país, sua classe operária enfrenta níveis astronômicos de exploração.

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