No último programa Tição, apresentado em 31 de agosto, os companheiros do Coletivo de Negros João Cândido, Caio Tulio e Tiago Pires apresentaram um debate sobre a recente decisão do STF em reconhecer as guardas municipais como parte do sistema público de segurança. Diferentemente do que alardeia a imprensa capitalistas, que tal decisão daria as guardas poder de polícia, a decisão apenas reconhece tais órgãos reacionários como parte do aparelho de repressão, mas não trata da função desse órgão, permanecendo a questão disciplinada por lei, os quais são: proteger o patrimônio público municipal.
As Guardas Municipais agem de maneira completamente ilegal ao exercer função das polícias militares e civis, realizando patrulhamento ostensivo, revista pessoal, prisão, dentre outras atividades que excedem sua função. São organizações que atuam ilegalmente, configurando uma segunda polícia militar. A decisão do STF, embora abra caminho para mudar a função das Guardas Municipais, não realizou tal mudança. As guardas Municipais continuam com a mesma função de tão e somente de proteção patrimonial do município.
Os companheiros ainda destacaram os sete anos do golpe de Estado contra Dilma Rousseff, golpe que estabeleceu um retrocesso profunda para o povo brasileiro. Em outro ponto de polêmica, analisou-se o caso de um professor condenado a pagar indenização um secretário de Educação por tê-lo acusado de racismo. A política identitária de se concentrar em uma campanha contra palavras, utilizando o judiciário reacionário como meio para a sua “justiça social” nada mais é que o estabelecimento da censura e aumento do poder da reacionária justiça que pode agora, com o apoio dessa esquerda, dizer o que pode ou não ser dito.
O programa Tição, programa de preto, vai ao ar todas as quintas-feiras as 18h na Causa Operária TV no YouTube. Não perca!