Nesta semana, a Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, está na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque, EUA, no Fórum Permanente de Questões Indígenas. Como de costume, a Ministra apenas fez demagogia e falas genéricas contra o governo de Jair Bolsonaro na questão dos índios Ianomâmis, sobre meio ambiente e de maior participação de indígenas nos cargos públicos.
Enquanto isso, os índios no Brasil passam por uma situação extremamente grave de falta de assistência básica de saúde e alimentação, mas também de uma ofensiva do estado contra as demarcações de terra.
Enquanto a ministra passeia, faz demagogia e é agraciada pelo imperialismo e suas organizações, como a própria ONU, nove indígenas Guarani-Caiouá estão presos na Penitenciária Estadual de Dourados no Mato Grosso do Sul de forma arbitrária por estarem lutando pela demarcação de suas terras.
Os índios Guarani-Caiouá como o ex-candidato ao governo do Mato Grosso do Sul pelo Partido da Causa Operária, Magno Souza, Argemiro dos Santos, Sanches de Souza, Cledeiudo de Souza, Enivaldo Reginaldo, Rogerio de Souza, Valdemar Vieira, Adelio de Souza e Adelino de Souza Portilho estão presos desde o último sábado.
Policiais Militares do Batalhão de Choque foram enviados pelo governo para prender os indígenas para beneficiar a empresa Corpal Incorporadora e Construtora que iniciou as obras de um condomínio de luxo na cidade de Dourados dentro das terras indígenas e mesmo com decisão da justiça para que não houvesse construção no local.
Os indígenas estão presos sem nenhuma prova, flagrante, testemunha ou nada que indicasse que os indígenas cometeram algum crime e que fossem presos de maneira preventiva. A prisão é tão absurda que nem se fossem condenados pelos crimes apresentados pela polícia (esbulho possessório, depredação e lesão corporal) eles teriam uma condenação em regime fechado. Mesmo assim a decisão da justiça foi de prisão preventiva, uma arbitrariedade completa.
E a Ministra indígena Sonia Guajajara não fez sequer uma declaração nas redes sociais para denunciar a situação dos indígenas que estão presos. O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) apresentou uma nota lamentável que não diz nada sobre as prisões arbitrárias e a perseguição política que os índios sofrem no Mato Grosso do Sul do governo do PSDB de Eduardo Riedel e de seu secretário de justiça e segurança pública, o ex-delegado e carniceiro Antônio Carlos Videira.
A ministra poderia até mesmo utilizar o espaço do Fórum da ONU para denunciar as prisões arbitrárias para pressionar o governo de Eduardo Riedel e da justiça para libertar imediatamente os indígenas, mas nada!
O que está sendo observado que a ministra Sônia Guajajara gosta de bajulação, receber prêmios do imperialismo e de se colocar em temas que são permitidos pela imprensa golpista brasileira.
No caso de denunciar um governador do PSDB, apoiado pela imprensa golpista, de índios que não estão nos limites da Amazônia brasileira e que estão numa luta encarniçada com o latifúndio, é um silencio total e completo da ministra brasileira.
O silencio diz muita coisa sobre a Ministra Sônia Guajajara e quais os interesses que ela representa. É necessário um verdadeiro representante dos índios brasileiros e de suas necessidades e não de supostas lideranças fabricadas pela imprensa golpista que representam os interesses de organizações não-governamentais que são financiadas por países imperialistas e que apenas falam em questões ambiental duvidosas e de ataques a soberania nacional mantendo os índios numa situação de vulnerabilidade e pobreza extrema.