Os Estado Unidos vivem um momento de levante da classe operária em vários setores importantes de sua economia, a exemplo da greve dos trabalhadores das indústrias de automóveis, dos trabalhadores de Hollywood (roteiristas e atores) e recentemente, os trabalhadores da saúde, conforme informa o órgão Peoples Dispatch. Cerca de 75 mil profissionais de saúde (enfermeiros, recepcionistas, técnicos de laboratório e farmacêuticos) pararam a Kaiser, prestadora de cuidados médicos norte-americana com cerca de 40 clínicas médicas em todo o país.
No dia 11 de outubro de 2023 o movimento paredista deflagrou greve da categoria para combater a sobrecarga dos serviços, ocasionado pela falta de contratação de novos profissionais. Os trabalhadores denunciam cargas diárias de trabalho de 14 a 16 horas. O sindicato pede ainda um aumento de 25% dos salários. A Kaiser, no entanto, reluta e oferece apenas 12%, culpando os próprios profissionais de saúde pela escassez no trabalho devido à demissão voluntária dos trabalhadores.
O que a empresa busca esconder, no entanto, é que os patrões são os responsáveis por levar os trabalhadores a se demitirem em tal escala. As péssimas condições de trabalho, os auxílios insuficientes para suprir a realidade do trabalho, salários baixos e jornadas de trabalho crescentes, são solenemente ignorados pela empresa.
No mundo todo, os trabalhadores estão sentindo o peso da exploração do neoliberalismo e aumento da repressão. Não à toa que os países atrasados tem procurado alternativas e meios para se rebelarem contra a política imperialista, com guerras deflagradas em todo globo e sequentes derrotas dos EUA e da UE nos países, evidenciando um momento de debilidade na exploração promovida pela ditadura mundial. Os trabalhadores percebem os efeitos da crise e se mostram menos dispostos a aguentar a política de pirataria dos EUA às custas do trabalho dos explorados.