São claros sinais dos tempos que estão por vir, do claro aprofundamento da crise historia do capitalismo.
Na mesma semana em que um dos principais líderes dos BRICS e a mais popular liderança política atual da classe trabalhadora, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, balançou a ONU com seu discurso na abertura da Assembleia-Geral, os trabalhadores automotivos filiados ao United Auto Workers (UAW), completaram uma semana de greve e com novas adesões.
Até ontem (20), cerca de 15 mil trabalhadores já haviam entrado em greve, de um total de 145 mil filiados à UAW, que não convocou abertamente os trabalhadores a uma paralisação geral, deixando-a limitada inicialmente a três fábricas da GM, Ford e Stellantis
A greve é uma das expressões da gigantesca crise do imperialismo diante da reação da classe operária e dos povos oprimidos diante da sua política de “arrancar o couro” dos trabalhadores. Como expressou Lula, em seu discurso na ONU, “os 10% mais ricos”, os bilionários que são responsáveis, não apenas pela devastação ambiental, como também pelas guerras, mortes, miséria, fome, desemprego, etc. de bilhões.
A greve está longe de ser um fato isolado. Se soma ao enfrentamento dos países oprimidos pelo imperialismo que não para de crescer e provoca, inclusive, importantes derrotas militares ao imperialismo, como no Afeganistão, na Síria, Ucrânia e África. Se alia às iniciativas nacionalistas, mesmo que limitadas, dos países em se organizarem, como nos BRICS, para conter a toda poderosa e selvagem dominação econômica dos tubarões capitalistas e, principalmente, se vê confrontada com uma crescente onda de luta dos trabalhadores de todo mundo, a começar pela vanguarda dos países desenvolvidos.
Não apenas nos EUA há um despertar das lutas operárias, como há recordes de greves no Reino Unido; lutas importantes da combativa classe trabalhadora francesa e não demora que os combativos operários alemães se levantem diante da crise acelerada que o País enfrenta, estimulada pela guerra da OTAN contra a Rússia.
A mobilização de classe dos trabalhadores metalúrgicos dos EUA ameaça colocar o regime imperialista em xeque; a mobilização dos povos oprimidos está abalando a atual estrutura de dominação imperialista em todo o mundo.
Mais do que nunca, é preciso intensificar a luta pela organização própria, independente, revolucionária dos trabalhadores, para tirar proveito da crise e fazer avançar a luta pelo fim da exploração capitalista.