Segunda-feira, dia 18 de setembro, está marcada uma greve nacional dos entregadores de Aplicativos.
Na pauta está o reconhecimento da profissão e diversas reivindicações de cunho financeiro, tais como aumento do valor da hora trabalhada dentro do aplicativo, a proposta dos motoboys é de um valor mínimo de R$ 35,76 para motociclistas e de R$ 29,63 para ciclistas por hora logada no aplicativo.
No entanto, as empresas ofereceram valores que variam de R$ 10,20 a R$ 12 para motociclistas e de R$ 6,54 a R$ 7 para ciclistas, muito abaixo do que os entregadores reivindicam.
A falta de direitos para o povo é consequência do golpe de Estado de 2016, que aboliu uma série de direitos de todos os trabalhadores, e a terceirização desenfreada, além da crise econômica provocada pela destruição das empresas de construção pesada causada pela perseguição da operação Lava Jato. Somente na área calcula-se que entre 3 e 4 milhões de trabalhadores perderam o emprego, fora os empregos indiretos.
Muitos trabalhadores, com alta especialização inclusive, se viram obrigados a trabalhar em aplicativos, como Uber, ifood, etc., sem nenhuma garantia, ganhando pela viagem ou pela entrega, e ainda sendo obrigados a cumprir uma carga horária elevadíssima para conseguirem faturar o suficiente pagar os custos e ainda sobrar alguma coisa.
Em seguida, o que já era ruim desde o início, apesar da propaganda feita pelos patrões e pela imprensa golpista de que eles seriam empreendedores, a ilusão acabou ao se depararem com o aumento absurdo dos combustíveis provocada pelo uso da Petrobras para gerar lucros aos seus donos no estrangeiro, tornando o “negócio” inviável para os supostos empreendedores.
Existem no país cerca de 1,6 milhões de entregadores, fora os motoristas de aplicativos que estão mais ou menos na mesma situação.
A CUT deve apoiar a mobilização e ajudar no que for preciso os trabalhadores de aplicativos de entrega, apoio jurídico, orientação das lideranças, tudo o quer for necessário para consigam seus direitos frente aos patrões.
Independente disso, a CUT deve ajudar na criação do sindicato trabalhadores de aplicativos de entrega e filiá-los a central, sem perda de tempo, antes que outra central direitista o faça.
Outra ação importante é a criação de estatal nacional de aplicativo, controlada pelos próprios trabalhadores, somente assim poderiam garantir direitos e salários.
Em Brasília, a mobilização vai se concentrar na Alameda dos Estados, frente ao Congresso Nacional, começando a partir das 13 horas.
Todo apoio a greve!