Uma trabalhadora na Austrália foi demitida após a empresa realizar um monitoramento em seu notebook durante meses. A empresa rastreou o pressionamento de teclas de seu instrumento de trabalho e, com base nestes resultados, a trabalhadora com 18 anos de registro foi dispensada pela Insurance Australia Group (IAG) por “má conduta”.
Suzie Cheikho era responsável por criar documentos de seguros, cumprir cronogramas regulatórios e monitorar as notificações por correio, além de outras demandas. A trabalhadora explicou a suposta queda de rendimento apontado pelo monitoramento, Suzie afirmou que realizou todas as suas demandas de trabalho, além de revelar problemas de saúde mental motivados evidentemente pelo trabalho da referida empresa.
O processo de espionagem ilegal realizado pela empresa, foi incrivelmente chancelado pela Comissão de Trabalho Justo da Austrália, que investigou a demissão. Para a Comissão, ela “não estava trabalhando como deveria” entre outubro e dezembro de 2022. O direito a intimidade foi totalmente devassado pela espionagem da empresa, a qual não se pautou nos resultados do trabalho e nas demandas cumpridas ou não pela trabalhadora, mas sim por uma averiguação absurda que sequer teve o conhecimento da mesma.
Essa tendência do capitalismo de estabelecer um controle total sobre o trabalhador mostra a decadência deste regime. O movimento sindical deve se colocar absolutamente contra o assédio criminoso dos capitalistas contra os trabalhadores. É preciso levantar um grande movimento em favor dos direitos da classe trabalhadora.